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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Aventureiro chega a Macapá após percorrer o Brasil em motocicleta

Albertino Martins, decidiu se aventurar pelas estradas brasileiras (Foto: Ilziane Laune/Arquivo Pessoal)

Metalúrgico aposentado de 58 anos partiu do Paraná no dia 1º de janeiro.
Ele economizou por nove meses para fazer a viagem pelo país.

Dyepeson MartinsDo G1 AP
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Motoqueiro decidiu se aventurar pelas estradas brasileiras (Foto: Ilziane Laune/Arquivo Pessoal)
O metalúrgico aposentado Albertino Martins, mais conhecido como Beto Criatura, de 58 anos, presidente do motoclube 'Criaturas do Além', finalizou no Amapá a aventura que iniciou no dia 1º de janeiro pelas estradas brasileiras em uma motocicleta personalizada. O motoqueiro partiu do estado do Paraná para percorrer cidades do Sul, Sudeste, Nordeste até chegar ao Norte, em apenas 13 dias. Beto chegou a Santana, distante 17 quilômetros de Macapá, vindo de barco com a sua motocicleta. Ele disse ter escolhido o Amapá para finalizar a trajetória nacional, por considerar o estado curioso. O homem começa agora a planejar uma 'grande aventura pelo mundo'.
Albertino Martins, de  anos, mais conhecido como Beto Criatura (Foto: Dyepeson Martins/G1)Albertino Martins, de 58 anos, mais conhecido
como Beto Criatura (Foto: Dyepeson Martins/G1)
Os adereços inusitados e sombrios chamam a atenção nos lugares por onde a motocicleta passa. Réplicas de uma cabeça de bode e de crânios humanos são usados como acessórios principais do veículo. "As pessoas precisam entender que por trás desse colete tem um ser humano, um pai de família", destacou o motoqueiro. Ele conta que encara os problemas nas estradas com bom humor e alegria para não "perder a 'vibe' da aventura".
Sobre os gastos com a viagem, Beto Criatura relata que economizou durante nove meses para juntar os recursos para a manutenção da moto e custos com alimentação e estadia.
Fotos da esposa e lembranças de todos os lugares visitados são itens indispensáveis na bagagem do roqueiro. "Gosto de levar camisas das cidades onde eu vou, mas principalmente a esperança de ver um Brasil melhor", acrescenta o homem, que afirma: "Amo cada pedaço do Brasil".
No Amapá, a moto já passou por Macapá e pelos municípios de Santana, Porto Grande, Serra do Navio, Tartarugalzinho e Oiapoque. "Terminei a viagem e agora vou retornar para a minha casa no Paraná, onde vou planejar o dia em que irei cair na estrada novamente e conhecer outras maravilhas desse mundo", concluiu. Beto partiu do Amapá no domingo (19), via barco até Belém, no Pará, de onde seguirá pela estrada até a cidade natal.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

DE JIPE PARA O NORDESTE: Família amapaense embarca para São Luís

TURISMO / O editor do Blog Sou Jipeiro mergulha na reportagem e embarca com a família para uma aventura a bordo de um 4x4 até São Luís do Maranhão
A decisão de fazer uma viagem de férias com a família passa pela escolha do meio de transporte. Ir de carro próprio tem lá suas vantagens, como, por exemplo, estreitar ainda mais os laços de convivência familiar. 

Cleber Barbosa
Editor de Turismo

Só o fator da economia com passagens aéreas já teria valido a pena, afinal, o valor das despesas com combustível do jipe daria para comprar apenas uma passagem aérea para toda a minha família – esposa e quatro filhos. Mas viajar de jipe pelo interior do país oferece muito mais, afinal poder conviver com a prole por dez dias consecutivos, fazendo tudo junto e ainda conhecendo o Brasil por outro plano que não aquele onde as cidades se apequenam da janela do avião tem lá seu valor. Foi uma viagem inesquecível.
Como o Amapá é praticamente uma ilha, o trecho até Belém foi feito de avião. A partir da capital do Pará se descortina à nossa frente um leque de possibilidades até onde nossas rodovias federais e estaduais alcançam. Mas o destino já estava previamente escolhido. Queria levá-los para São Luís, no Maranhão, onde morei por mais de oito anos. Foi nos anos 80, quando muitos adolescentes como eu tinham que buscar outros centros para estudar, lembra? Então era uma volta ao passado, levando a família do presente para constatar aquilo que só as histórias que eu contava ou as velhas fotos de papel diziam.

Contrastes - A primeira importante constatação para a turminha era ver como uma grande cidade é agitada e desenvolvida. No caminho, pela BR-316, dá certa angústia quando o trecho duplicado termina, com o vai-e-vem de carretas e ônibus agora muito mais próximos da gente. Mas as condições gerais da estrada são boas e ver os letreiros “Belém-Rio” ou “Salvador-Belém” nos gigantescos ônibus-leito mostram que tem turista que vai rodar muito mais que a gente.
As paradas para lanchar ou fazer as demais refeições – ou para um pipi – proporcionam interagir com outras pessoas, com outros costumes e também com o linguajar de brasileiros autênticos, puros e até engraçados. Em Gurupi, na divisa do Pará com o Maranhão, foi preciso fazer uma parada forçada, para substituição do rolamento da roda traseira. Mas foi lá, já em território maranhense, que pude apresentar a eles uma das delícias dos tempos que morei lá, o Guaraná Jesus.

Números - A vontade de ir de Belém a São Luís passa necessariamente pela decisão de escolher uma das duas rotas rodoviárias. Ir pela BR-135 (via Santa Inês) e acessar a Ilha de São Luís só por terra. São 803 quilômetros. A outra alternativa é ir por Alcântara, mais curto (550 km) porém sendo obrigado a fazer a travessia da Baía de São Marcos de ferry-boat, que leva uma hora e meia. Essa foi nossa escolha e valeu muito à pena.


“O mar é salgado como pipoca pai”, diz a filha
"Fiquei preocupada no início, afinal a gente vê tanta notícia de acidentes nas estradas, mas valeu a pena essa viagem".
Nádia Barbosa, turista

Minha filha Bruna Valentine, de quatro anos, sempre foi apaixonada por balneários, nem ligando para a água gelada de alguns banhos que já a levei, como o Pedra Preta e o Água Fria, na Serra do Navio. Mas o que ela queria mesmo era ver o mar. Dizia sonhar com ele e acalentava o desejo de fazer castelos de areia e catar conchinhas na beira da praia. E ela finalmente pode fazer tudo isso nas praias de São Luís, cujo mar é muito limpo e a areia branquinha. Já o primeiro mergulho foi para ela uma constatação: “Pai, o mar é salgado como pipoca”, disse. Depois se acostumou. 
Entre as mais belas praias do litoral de São Luís, estão a Ponta D’Areia (onde nos hospedamos), a do Calhau, Olho D’Água e Araçagi. Esta última nem fica em São Luís e sim São José de Ribamar. Mas vale o ingresso amigos, pois lá tem toda uma estrutura para atender o turista. Com o detalhe de você poder descer com o carro para a praia, coisa que não acontece nas demais praias de São Luís. Detalhe: só não podemos perder a hora de sair da areia, pois quando a maré sobe o carro pode atolar. Ah, outra dica, não deixe seus filhos chutarem a bola pra longe... (o vento é forte, o litoral extenso e papai está meio fora de forma física). 

A alegria dos filhos, a intensidade do convívio, coisas que não têm preço
Se pudesse definir apenas uma das vantagens de se fazer turismo de carro diria que é a possibilidade de intensificar o convívio com a família. Sim, pois na correria do nosso dia-a-dia quase não temos tempos para curti-los como deveríamos. Já vi relatos de gente que diz não ter percebido o crescimento dos filhos, de pais que perderam deliciosos capítulos do aprendizado deles, frases, situações, reflexões e constatações. Não se iluda, nossos filhos são excelentes observadores. Então amigo, dizer o que das anedotas contadas a bordo, as músicas do Luan Santana que minha filha pedia para eu repetir no som do carro e até os pedidos urgentes para abrir as janelas pois tinha ‘pum’ pedindo pra sair...
A metrópole de São Luís oferece bons restaurantes, uma rede hoteleira boa também e acessível. O hotel Soft Inn que a gente ficou é muito bem localizado e tem diárias para apartamentos duplos ao custo de R$ 110. Há também muitas opções de shopping center. Minha esposa diz ter gostado da variedade e também das ofertas, coisa de uma cidade com economia pujante. Foi muito bom reencontrar o Maranhão vinte anos depois assim, com boas soluções para a mobilidade urbana, com ruas limpas e com excelente estado de manutenção da pavimentação. O Centro Histórico também. Tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade, recebeu generosos recursos para sua revitalização. Os azulejos e ruas estreitas são uma viagem ao passado que a gente só lia nos livros e nos filmes. 
O tempo – e o dinheiro – não foram suficientes para a gente conhecer outros atrativos do Maranhão, principalmente o interior como o município de Barreirinhas, onde fica o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Ficou um gostinho de quero mais. No próximo domingo a gente termina essa cobertura especial da viagem, com as reflexões sobre o Estado do Pará. 

VANTAGENS
- O prazer de dirigir também é um dos motivos que leva as pessoas a preferir viajar de carro. 
- Podemos citar o conforto, a liberdade, a autonomia, você é o dono do seu tempo, você decide onde quer parar e por quanto tempo. 
-  O carro pode significar economia nos seus gastos durante uma viagem, é só planejar. 
- Tome alguns cuidados e curta seu tempo no volante.

R$ 70
Preço médio de uma corrida de táxi numa distância de 45 Km. É o valor da diária de um carro alugado.

ENCONTRO COM O MAR


Amarok, Ranger, S10 e Hilux se pegam em teste comparativo.