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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Quem disse que jornalista não pilota? Cleber Barbosa no pódio

Olha esse pega entre os jipes Mahindra e Javali, que aconteceu durante o 2º Fest Jeep no Meio do Mundo, em Macapá. O evento é promovido pelo Jeep Clube de Macapá e este ano chega à sua oitava edição, nos dias 23, 24 e 25 de setembro, no Parque de Exposições da Fazendinha. A pista é semelhante à de Brusque (SC), onde ocorre a FenaJeep. A Mahindra pilotada por Cleber Barbosa vence com folga a bateria disputada com o Javali 'cara de mau'. Cleber terminou a competição na terceira colocação, na categoria diesel, subindo ao honroso pódio.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Veja os carros que poderão sair de linha em 2016

Todo ano há os novos modelos que chegam ao mercado e há aqueles que abandonam o catálogo para dar lugar às novidades. Não tem jeito. Em 2015, por exemplo, a Chevrolet deu adeus ao Celta, enquanto a Mitsubishi tirou de linha o TR4 e a Chery eliminou do portfólio o Face.
Até os carros premium sofrem desse mal, com a Mini excluindo de seu catálogo no ano passado os modelos Coupé e Roadster e a Land Rover dando adeus ao Freelander. A lista inclui ainda VW Polo, Nissan Livina e Grand Livina, Suzuki SX4 e toda a linha da Mahindra, que encerrou suas atividades no País em 2015.
Leia mais:
Agora, 2016 mal começou e já fez suas primeiras vítimas. Confira a seguir os modelos que já não são mais encontrados nas concessionárias e outros que ainda podem deixar o mercado brasileiro ao longo do ano.
1. VW Passat Variant
A perua Passat Variant saiu oficialmente da tabela de preços da Volkswagen em janeiro. Vendida no País desde 1994, ela foi descontinuada em função da chegada da Golf Variant no ano passado – a empresa entende que a perua do Golf atende o mesmo cliente que buscava a Passat Variant e que não há necessidade de importar os dois modelos. E mesmo com o lançamento da nova geração do Passat aqui, sua importação foi descartada pela empresa.
2. Peugeot RCZ
Outro modelo que já deu adeus ao mercado brasileiro é o esportivo Peugeot RCZ, também ausente na tabela de preços oficial da fabricante desde janeiro. O cupê, vendido aqui desde 2011, vinha importado da Áustria com motor 1.6 turbo THP de 165 cv.
3. Chevrolet Classic
Depois da despedida do Celta no ano passado, em 2016, quem deve dar adeus é o sedã compacto Classic, atualmente fabricado na Argentina. Por enquanto, ele ainda não possui um substituto definido. Sua situação no mercado brasileiro ficou mais difícil depois que a Prefeitura de São Paulo estipulou novas regras para a homologação de carros para serem usados com táxis, exigindo entre-eixos de pelo menos 2,45 m e largura mínima de 1,65 m, ambas medidas não atendidas pelo sedã. O Classic é o sedã mais vendido na história da GM no Brasil, com mais de 20 anos no mercado sem sofrer mudanças significativas. Ele foi comercializado como Corsa Sedan entre 1994 e 2004, quando recebeu o nome Classic diante do lançamento do Novo Corsa – já descontinuado.
4. Renault Clio
Mais um modelo de entrada com os dias contados é o Renault Clio, que será substituído pelo Kwid no País. O Kwid será produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR), com início ainda em 2016, quando ele deverá chegar às lojas brasileiras. Bastante defasado em relação ao modelo europeu, o Clio foi lançado aqui em 1996 vindo da Argentina e equipado com motores 1.0 e 1.6, embora atualmente ele seja oferecido somente com o propulsor menor.
5. Fiat Uno Vivace
A chegada do novo compacto Fiat Mobi ainda é cercada de dúvidas, embora seja certo que ele será lançado ainda em 2016, mais provavelmente no primeiro semestre, antes mesmo do Salão de São Paulo em novembro. Sabe-se que o modelo ficará abaixo do Uno, inclusive em preço. Diante disso, é de se esperar que ele venha para substituir o Uno Vivace, ainda vendido com o visual antigo, mas não é descartada também a possibilidade de ocupar o lugar de carro de entrada da marca hoje pertencente ao Palio Fire. É provável que, ao menos nos primeiros meses, Palio Fire e Mobi convivam juntos no portfólio da fabricante.
6. Fiat Siena EL
Outro carro que não se enquadra mais nas novas regras de largura e entre-eixos mínimos para táxis na cidade de São Paulo é o Siena EL, o que pode antecipar sua aposentadoria para 2016. O modelo é vendido no País desde 1997, sendo hoje um projeto bastante defasado que se destaca pelo preço abaixo dos R$ 40 mil. 
7. Mercedes-Benz GLK
A Mercedes-Benz está renovando todo o seu catálogo, inclusive com novas nomenclaturas. Por isso, o SUV GLK sai de cena no ainda no primeiro trimestre de 2016 para dar lugar ao GLC, um utilitário esportivo baseado no Classe C – daí vem o seu nome – com que compartilha a plataforma. Na verdade, o GLC é a segunda geração do GLK, mas com denominações diferentes isso não invalida a aposentadoria do modelo anterior. A previsão de lançamento é ainda no primeiro trimestre deste ano.
8. Mercedes-Benz SLK
O esportivo SLK irá abandonar o portfólio da marca para ser substituído pelo SLC, modelo apresentado neste mês durante o Salão de Detroit e que tem estreia no Brasil prevista para setembro.
9. Mercedes-Benz ML
Seguindo a renovação da linha, a Mercedes-Benz também aposenta neste ano o SUV ML, que dá lugar o recém-lançado GLE. O ML desembarcou no País em 1997 e estava em sua segunda geração desde 2007. Com a nova nomenclatura, sai a sigla ML e entra a GLE para batizar a reestilização do modelo. O nome vem do Classe E, com quem o SUV divide a plataforma.
10. Mitsubishi Lancer Evolution
O lendário sedã com vocação esportiva Lancer Evolution deve abandonar o mercado mundial neste ano. Ele ganhou uma versão de despedida nos Estados Unidos, chamada de Final Edition, enquanto o Brasil teve uma configuração exclusiva, a John Easton de 340 cv de potência. Foram disponibilizadas apenas 90 unidades no País.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Qual o melhor: viajar de carro, avião ou ônibus?

Viajar é bom e todo mundo gosta. Seja com os amigos ou com a família, uma viagem de férias é sempre motivo de alegria para a maioria das pessoas. No entanto, para que tudo ocorra do jeito esperado, planejar com antecedência deve fazer parte do roteiro. E um dos detalhes que devem estar previstos neste planejamento é o meio de transporte a ser utilizado para que todos cheguem felizes na cidade destino.

Pensando nisso, o Agente Imóvel elaborou este artigo com o objetivo de apresentar as principais vantagens dos meios de transporte mais comuns durante viagens a longa distância. Depois de conferir essas informações, será mais fácil decidir: avião, ônibus ou carro?

Avião: rapidez e tranquilidade
Para longas distâncias, o avião é, na maioria das vezes, a melhor opção. Além da economia de tempo, há também o benefício das passagens promocionais e formas de pagamento acessíveis. Entretanto, ao viajar de avião, o turista deve estar preparado para arcar com algumas taxas e, de acordo com a situação, despesas com o translado do aeroporto ao hotel e vice-versa.

Viajar de avião é mais prático, sendo possível chegar mais rapidamente a qualquer destino | Foto: Flickr.

Para aproveitar as vantagens das passagens promocionais, basta um clique. Nos sites de empresas aéreas, são lançadas promoções diariamente. Muitas delas são relâmpago e, por isso, quem quer viajar deve ficar atento e, de preferência, com seu cartão de crédito disponível para realizar a compra, já que os estes bilhetes se esgotam rapidamente. Para não ser surpreendido negativamente, analisar exigências como impossibilidade na alteração das datas do vôo e tempo mínimo de permanência no destino é importante.

Carro: bons momentos, tanto com os amigos quanto com a família
Uma viagem de carro em família, principalmente com crianças a bordo, possui vantagens e desvantagens. Por exemplo, o custo com a gasolina, revisão no veículo e pedágios podem gerar gastos inexistentes em uma viagem de ônibus ou de avião. Entretanto, a flexibilidade para pausas e descanso pode compensar. Além disso, o momento é excelente para aproximar a família.

Ao viajar de carro, é possível aproveitar bons momentos em família ou com os amigos, além de conseguir contemplar a paisagem durante o trajeto | Foto: Flickr.

E quando o passeio é feito entre amigos, os benefícios são maiores. Isso porque há a possibilidade de dividir as despesas, assim como a de revezamento entre os motoristas, o que acaba gerando economia de tempo e dinheiro.

Para fazer uma boa viagem de carro, uma sugestão é pesquisar a distância entre os destinos desejados, situação das estradas e rodovias a serem percorridas e valor dos pedágios. A estratégia também pode poupar dinheiro, além de proporcionar uma viagem mais segura.

Ônibus: mais economia
Provavelmente, esta seja a menos confortável das opções. A viagem de ônibus é geralmente mais demorada, principalmente quando o passageiro viaja sozinho, já que, assim, fica mais difícil se manter distraído. Quando há companhia, a jornada neste meio de transporte pode ser mais agradável.

A maior vantagem de viajar de ônibus é a economia | Falando em Viagem.

Uma vantagem é que muitas empresas oferecem lanches, cobertores e travesseiros aos turistas, proporcionando uma viagem mais tranquila. Além disso, passagens rodoviárias são mais baratas, o que permite que dinheiro seja poupado para as suas férias

Para que a experiência seja a melhor possível, passageiro deve usar roupas leves e confortáveis, lembrando de levar consigo um agasalho e outros produtos necessários para um trajeto sem maiores preocupações.

E então: avião, carro ou ônibus? Como será feita a sua próxima viagem?

Jeep Clube de Macapá agora tem grupo no Facebook


Jeep Club Macapá




Grupo Jeep Clube de Macapá no Facebook.

Qualquer clima é ideal para começar uma aventura. A Andrea Souza fez história de Jeep Renegade, que combinou até com a cor do dia.‪#‎MakeHistory‬ ‪#‎oIIIIIIIo‬

ANTIGOMOBILISMO | Clássicos Brasil 2016 reúne relíquias do antigomobilismo Nacional

São Paulo, 21 de janeiro de 2016 - Realizada pela ZR Soluções Automotivas, RRBB Propaganda e Marketing e DTS Promoções e Eventos, o 2º Clássicos Brasil acontece de 23 a 25 de janeiro de 2016, no feriado de aniversário de São Paulo (462 anos), no Clube Hípico de Santo Amaro.  “Nosso foco é colocar em um mesmo local diversos modelos, xodós de seus colecionadores, e preservar a cultura do automóvel nacional”, afirma José Ricardo de Oliveira, da ZR Soluções Automobilísticas, empresa que está no mercado há 25 anos, com soluções automotivas e eventos no segmento por todo o Brasil.
Em sua 2ª edição, o maior evento de carros clássicos nacionais do Brasil reúne relíquias como Romi Isetta, DKW Universal, VW Kombi Standard, VW Monarca, Esporte Brasília, Fusca 1200 Pé de Boi, Opala 3800, Shark, Galaxie 500, Karmann Ghia Coupé, Ford Corcel GT, Alfa Romeo JK, VW Variant, Galaxie LTD Landau, Dodge Charger R/T, Ford F 75, Maverick Coupé V8, Maverick Sedan V8, Chevrolet Chevette, VW Brasilia, Dodge Dart, Envemo Super 90, Escort L, entre outros. Nesta edição contará também com 20 motos Honda, caminhões antigos e a ilustre presença de Wilson Fittipaldi Junior em sessões de autógrafo durante o evento.
Entre os destaques estão:
O primeiro carro de Fórmula 1, Fittipadi FD 01, produzido no Brasil há 40 anos da equipe Fittipaldi. Emerson Fittipaldi e Wilson Fittipaldi Jr. realizaram um sonho de construir o primeiro e único carro de Fórmula 1 brasileiro. Estreou em 1975 no GP da Argentina. 
Opala - campeão da primeira temporada da Stock Car em 1979. A categoria foi lançada com o total apoio e incentivo da General Motors do Brasil. O piloto Paulo Gomes (hoje presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo) foi campeão da primeira temporada com este carro. A primeira corrida foi em 22 de abril, no Autódromo de Tarumã/RS, e contou com a presença de 19 carros, todos do modelo Opala com motores de seis cilindros de 4 100 cm3.
DKW Universal 1956 - um dos primeiros carros a serem produzidos após aprovação da lei de incentivo fiscal para carros com produção totalmente nacional. 
Gurgel Itaipu E400 1974 - desenvolvido pela Gurgel, o modelo prioriza o baixo consumo e pouca emissão de poluentes no ar. O nome é alusivo a Hidrelétrica de Itaipu. 
Bino Mark I 1966 - recriação fiel do modelo que correu na década de 60 e foi vencedor de várias corridas. O modelo semelhante sofreu um grande acidente numa competição no Rio de Janeiro na década de 60 e ficou destruído. 
Fúria Alfa 1970 - criado por Toni Bianco em 1970. O modelo se enquadrava na categoria Protótipos e, depois, Divisão 4. Apenas cinco exemplares foram construídos artesanalmente numa oficina em São Paulo. Sua carreira nas pistas durou até 1973, com vitórias sobre famosos bólidos da época, como o Bino de Luiz Pereira Bueno e a Carretera 18 de Camillo Christófaro. 
Desenvolvido e produzido pela lendária concessionária Ford Souza Ramos, o Maverick perua 1976 teve somente 100 unidades produzidas.
Malzoni 1966 - carro produzido por Rino Malzoni entre 1964 e 1966, o modelo usava chassis e mecânica DKW com carroceria de fibra de vidro. Foi um carro extremante rápido nos autódromos brasileiros. Estima-se que foram produzidos 35 unidades. 
Premiação
Os automóveis expostos, cerca de 120 carros, serão avaliados e premiados os mais originais de cada época. A avaliação será de acordo com a orientação da Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA), em que serão consideradas, principalmente, originalidade e importância histórica. “Queremos que este prêmio tenha reconhecimento e carregue com ele a qualidade e importância do nosso evento e que seja o reconhecimento ao expositor”, diz Oliveira.
Os carros serão classificados dentro de uma das cinco categorias, divididas por períodos: categoria JK (veículos fabricados até 1960), Tropicalismo (entre 1961 e 1966), Milagre Brasileiro (entre 1967 e 1973), Geração Disco (entre 1974 e 1982) e Nova República (entre 1983 e 1992).
A categoria JK retrata a infância da indústria automobilística brasileira, com os primeiros modelos fabricados por aqui, ainda com algumas (ou muitas) peças importadas e similares aos modelos de origem das matrizes das fábricas.
Com o desenvolvimento da indústria brasileira entre 1961 e 1966, os veículos passaram a ter alto índice de nacionalização (mais de 90%) e isso incrementou a indústria de autopeças nacional. Projetos, alterações e modelos brasileiros, exclusivos surgiram, consolidando o parque industrial do Brasil. Neste contexto serão julgados os automóveis inscritos na categoria Tropicalismo.
Entre 1967 e 1973 - que refere-se a categoria Milagre Brasileiro - aconteceu um grande desenvolvimento, devido a diversos investimentos das fábricas, fortalecendo ainda mais nossa indústria. Isso durou até a crise mundial do petróleo, no ano de 1973.
A categoria Geração Disco, dois fatores importantes marcaram esta época: o lançamento de uma nova geração de carros médios, menores e mais econômicos - uma forma encontrada para sobreviverem a crise do petróleo - e o fechamento do mercado para importações de automóveis a partir de 1975. Isso mudou todo o cenário de produtos e do mercado Brasileiro nessa década.
A última categoria, Nova República, engloba os veículos fabricados entre 1983 e 1992. Nesta época as grandes fábricas se globalizaram e surge o conceito do "Carro Mundial", fabricado em diversos países e com componentes vindos de diversas fábricas, fornecedores e filiais de vários países. Isso até a abertura das importações pelo governo no início da década de 1990. Vale ressaltar que para efeito de premiação são considerados veículos com mais de 30 anos de fabricação.
O 2º Clássicos Brasil contará ainda com espaço para comercialização de automóveis antigos nacionais, espaço mulher, espaço kids, praça de alimentação e um bar central. Com a proposta de fazer o lançamento de um carro revitalizado por edição, a surpresa para 2016 promete deixar os amantes do carro antigo nacional ainda mais apaixonados. “Será surpresa, como foi com o Monarca 1954 ano passado. Posso adiantar que todos irão aprovar a escolha”, comenta o organizador.
O evento, referência no antigomobilismo, tem a chancela da FBVA e como embaixador Fábio de Cillo Pagotto. Além dos 120 clubes espalhados pelo Brasil, os números do segmento impressionam e mostram ainda 150 mil colecionadores por todo o país. “Nós, colecionadores, acreditamos muito na história do carro nacional. Todos, de alguma forma, temos alguma lembrança ou um laço com um carro. Certamente, quem tem mais de 30 anos tem uma história para contar. Então vamos para mais um evento que irá nos remeter a essa época”, destaca Oliveira.
Premiado em 2015 na categoria JK (veículos fabricados até 1960): VW Monarca - Alexandre Atie Murad
História do carro nacional
O primeiro veículo automotor montado no Brasil foi a Romi-Isetta, em 1956, cuja origem remonta de poucos anos antes, quando a empresa italiana Iso começou a produzir o microcarro Isetta. Esses pequenos veículos tiveram uma boa aceitação nos países em recuperação após a Segunda Guerra Mundial, porém a Isetta chegou tarde, sendo produzida de 1953 a 1956, na Itália. Foi quando começou a ser produzida no Brasil, pela empresa paulista Romi – por isso chama-se Romi-Isetta, ou Romiseta – e pela BMW alemã. Destaques ainda nos anos 50 e 60, os pioneiros foram: VW Sedan, VW Kombi, DKW, Simca, Aero-Willys e JK.
Poucos anos depois de os primeiros automóveis brasileiros começarem a sair das linhas de montagem, o espírito nacional teve início nas mentes de alguns dos executivos de então. Além de aumentar os índices de nacionalização dos veículos, que eram fabricados no Brasil, mas ainda tinham muitos componentes importados, algumas ideias relativas a adaptar os carros ao gosto dos brasileiros começaram a ser postas em prática. Foi ainda em 1962 que o primeiro automóvel ‘inteiramente concebido e construído no Brasil’ foi apresentado, o novo Aero-Willys 1963. Ainda em meados dos anos 60, os destaques eram: Ford Galaxie, DKW Fissore, Simca Jangada.
Os últimos anos da década de 60 foram muito empolgantes para a indústria automobilística brasileira. A incorporação da Willys pela Ford, da Simca pela Chrysler e da DKW-Vemag pela Volkskagen  prometia o início da evolução dos carros nacionais. A começar pela Volkswagen, que em 1967 tomou a atitude decisiva para a manutenção do sucesso de seus modelos: aumentou a potência dos motores, que passaram de 1.200 cm3 para 1.300 cm3 para o Sedan e 1.500 cm3 para a Kombi e o Karmann Ghia. Na transição dos anos 1960/1970 pode-se citar: Chevrolet Opala, Ford Corcel, Dodge Dart, Ford Maverick, Chevrolet Chevette.
Paralelo à evolução da indústria automobilística nacional, que se baseava nos modelos já existentes em outros mercados, algumas marcas genuínas brasileiras foram surgindo, resultado da inventividade e do talento de alguns projetistas nacionais. É o caso da Puma, que teve início em 1966 com o esportivo para competições Malzoni, com mecânica DKW, e que depois se tornou comercialmente viável com a marca Puma, a partir de 1967. De 1968 até os anos 80, o Puma brasileiro se tornou um enorme sucesso, com mecânica VW. E hoje é um clássico. Na transição dos anos 1960/1970, destaque para: Chevrolet Opala, Ford Corcel, Dodge Dart, Ford Maverick, Chevrolet Chevette.
No meio desse fogo cruzado chega a Fiat, em 1976, com o seu pequeno popular 147. Mesmo com uma grande dose de preconceito contra o carrinho compacto, que tinha ronco de ‘enceradeira’ e ainda não havia atingido um nível aceitável de qualidade (ou seria robustez?), o Fiat 147 fez a sua história e conquistou os brasileiros. Toda a linha da marca italiana no Brasil era derivada do 147, que usavam motores de 1.050, 1.300, 1.400, 1.500 e 1.600 cm3. Mesmo com a chegada do Fiat Uno, em 1984, o 147 ainda se manteve no mercado por um bom tempo. Hoje, os primeiros Fiat 147 também já são bastante disputados pelos colecionadores.
Clube Hípico de Santo Amaro
O local que abrigará o evento é outro convite para o passeio: Clube Hípico de Santo Amaro, que conserva edificações de uma antiga fazenda, onde prevalecem aspectos do Brasil colonial. Fundado em 1935 e localizado na zona sul de São Paulo, ocupa uma área de 330.000 m² de bosques e jardins no coração da capital paulista. O Clube está encravado em uma região da Mata Atlântica e seus bosques e jardins servem de moradia para diversas espécies de aves e pequenos animais silvestres. As estruturas originais da maior parte das edificações da Fazenda Itaquerê são preservadas. Toda a sua extensão é contornada pelo percurso de cross country em uma trilha de 2.360 m, um aconchegante refúgio à vida urbana e onde se pode observar de perto maritacas, saguis e outros animais.
Programação
Dia 23 de janeiro
10h – Abertura para o público e feira de peças
16h – Sessão de autógrafos com Wilson Fittipaldi Junior
19h - Encerramento da exposição
Dia 24 de janeiro
11h – Lançamento de um clássico brasileiro produzido somente uma unidade para o Salão do Automóvel da década de 70
13h às 16h – Avaliação dos carros inscritos
16h - Sessão de autógrafos com Wilson Fittipaldi Junior
17h - Happy Hour - Bar Central
18h - Encerramento da Exposição
Dia 25 de janeiro
12h - Sessão de autógrafos com Wilson Fittipaldi Junior
14h – Cerimônia de premiação
18h – Encerramento da Exposição

SERVIÇO:
2º Clássicos Brasil
Data: 23 a 25 de janeiro de 2016
Horário: dia 23, das 10 às 19h | dias 24 e 25, das 11 às 18h
Local: Clube Hípico de Santo Amaro - Rua Visconde de Taunay, 508, Santo Amaro
Ingressos: R$ 25,00 | Meia entrada para idosos, estudantes com carteira para comprovação e crianças até 10 anos de idade | Pagamento em dinheiro ou cartão de débito/crédito
Capacidade: 10 mil pessoas
Vallet: R$ 25,00 | Capacidade: 500 veículos
Contato da Hípica: (11) 5694.0606 e 5694.0600
Inscrições, programação e informações: www.classicosbrasil.com.br

Ford: uso do ar-condicionado em veículos no verão requer alguns cuidados

No verão, o ar-condicionado é um dos equipamentos mais exigidos durante uma viagem de carro. Dentro da série com dicas sobre o uso do automóvel durante as férias, a Ford mostra dessa vez a forma mais proveitosa para melhorar a eficiência e prolongar a vida útil desse item, além de aumentar o conforto dos passageiros.

- Ao entrar em um carro com temperatura interna muito alta, abaixe completamente os vidros por alguns minutos, até que o ar quente saia. Depois disso, ligue o ar-condicionado no máximo para resfriar o veículo rapidamente.

- Se a temperatura internar cair mais do que o desejado, não desligue o ar. Primeiramente, ajuste a velocidade da ventilação ou, até mesmo, aumente em alguns graus a temperatura.  Isso ajuda a mantê-la constante, evitando o “liga-desliga” do aparelho.

- Se estiver muito frio na frente, mas não suficientemente atrás, posicione as saídas de ar para o teto ou para os lados. Assim, o ar circulará e resfriará a cabine de maneira uniforme. A Ford oferece, em algumas versões do Focus, Fusion, Ranger e Edge, ar-condicionado automático e digital que permite a regulagem individual de temperatura para motorista e passageiro da frente, aumentando ainda mais o conforto dentro da cabine.

- Estacione na sombra sempre que possível ou use uma superfície refletora sobre o painel ou no para-brisa, evitando que parte do interior do veículo fique exposta diretamente ao sol. Isso faz com que a temperatura interna fique um pouco mais amena e que o resfriamento da cabine seja alcançado mais rapidamente, consumindo menos combustível.

- Em cidades com climas muito quentes, a escolha de cores mais claras, tanto as externas quanto as de acabamento, ajudam a reduzir, especialmente nos veículos estacionados sob o sol, o calor no interior do automóvel.

- Se não estiver tão quente, desligue o ar-condicionado e abaixe as janelas ou use apenas a ventilação, evitando a utilização sem necessidade do equipamento.

- Siga o cronograma de manutenção periódica do seu carro para trocar o filtro de ar da cabine. Não basta removê-lo, é necessário, de tempos em tempos, substituí-lo.

- Se o interior do veículo deixar de alcançar a temperatura desejada normalmente ou se o resfriamento estiver inconsistente, é recomendada verificação técnica em um Distribuidor Ford para uma reparação adequada, com peças e acessórios originais, se for o caso.

- Após anos de funcionamento, é possível que algum fluido refrigerante vaze do ar-condicionado e impeça o correto funcionamento do sistema. O fluido, então, deve ser reposto em um distribuidor autorizado.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

PESQUISA | História: os primeiros jipes a chegar ao Amapá

Foto histórica da entrega dos jipes em Amapá
Segundo o jornalista e historiador Nilson Montoril, os primeiros jipes a desembarcar no Amapá vieram diretamente para a Base Aérea do município de Amapá, distante cerca de 300 quilômetros de Macapá,durante a Segunda Guerra Mundial. Foram doados pelo Governo dos Estados Unidos, que havia instalado em Amapá uma base de apoio para as Forças Aliadas.
A pedido do Blog Sou Jipeiro, o Professor Montoril realizou um exaustivo trabalho de pesquisa a respeito da trajetória do "Jeep" como ficou mundialmente conhecido esse  pequeno grande carro. Acompanhe o resultado a seguir.




A versatilidade dos Jeep's

O modelo da foto é um dos últimos a serem fabricados. Já apresentava recursos e dispositivos que os Jeeps comuns não possuiam, como rodas mais altas, limpador de para-brisa com motor, guincho e para-choque reforçado.

                        Por longo tempo os serviços de mensageiro e de batedor do Exército dos Estados Unidos da América do Norte foram realizados por homens montados a cavalo. As trilhas que os mensageiros e os reconhecedores seguiam eram muito acidentadas e nada recomendadas para charretes e diligências. Posteriormente, estas atividades passaram a ser desenvolvidas por motociclistas. Entretanto, as motos eram do tipo “side car” e tinham limites para transporte de pessoal e material. Interessado em utilizar um veiculo de reconhecimento leve, rápido e capaz de trafegar em qualquer terreno, o Exército norte-americano lançou um desafio a 135 fabricantes de automóveis dos Estados Unidos, expresso em um edital datado de 11 de julho de 1940, nos seguintes termos: a viatura deveria ser fabricada em aço estampado, ter tração nas 4 rodas, capacidade para 3 passageiros, pesar no máximo 600 kg , potência máxima do motor de 40 HP, velocidade máxima de 80 km/h, transportar no mínimo 300 kg e estar adaptada com uma metralhadora de 30 mil. As empresas interessadas deveriam apresentar o protótipo do veiculo 49 dias após o lançamento do edital e entregar 70 viaturas 75 dias após atender a primeira exigência. A empresa American Bantam Car Company foi a primeira a fabricar seu protótipo identificado como MK II, entregando-o ao Exército dos Estados Unidos no dia 23 de setembro de 1940. O pequeno MK II foi submetido a rigorosos testes em mais de 5.000 km de estradas de chão e considerado apto.


O modelo MK II fabricado pela Americam Bantam Car Companhy, apelidado General Purpose é rigorosamente o primeiro veículo que ficou mundialmente conhecido como Jeep. A empresa norte-americana certamente foi preterida por razões ainda não convicentes.


A Willys-Overland Company só apresentou o modelo “Quand” em 11 de novembro de 1940. O modelo da Ford, batizado como Ford GP “Pygmy” foi entregue em 23 de novembro do citado ano. Os modelos da Willys e da Ford eram muito parecidos com o MK II da American Bantam Car Company. Por ser arrojado e capaz de trilhar terrenos ingrimes e lamacentos, satisfazendo assim os interesses dos militares, o MK II foi apelidado de General Purpose, alcunha do personagem Eugene do desenho animado Popeye, que fazia sucesso desde 1936, ano de seu lançamento. O pequeno personagem correspondia a um animal com poder de viajar entre as dimensões e resolver todos os tipos de problemas. General Purpose significa “fim geral” em inglês e no desenho era referenciado como Gee Pee, nome das letras G e P. Entretanto, no seio da população a letra G era pronunciada como se fosse um J. Assim, o veiculo ficou popularizado como Jeepee, evoluindo para Jeep. No quesito motor o modelo da Willys levava grande vantagem porque tinha 60 HP contra 46 HP da Ford e 45 HP da American. O motor Go Devil fabricado pela Willys podia alcançar a velocidade máxima de 118hm/h e percorria até 38 km queimando um galão de gasolina. Para que o modelo da Willys apresentasse rendimento ainda mais satisfatório, seu motor foi totalmente desmontado e as peças avaliadas uma a uma. Como forma de conciliar uma forte animosidade que surgia entre as empresas que fabricaram protótipos, o Exército Norte-Americano encomendou 1.500 veículos a cada companhia, perfazendo o total de 4.500 unidades Quando os Estados Unidos passaram a participar da Segunda Guerra Mundial, a partir de dezembro de 1941, a produção de Jeeps alcançou índices bem elevados. A 23 de julho de 1941, o Corpo de Intendência do Exército concedeu a Willys-Overland Motors o contrato para a fabricação de 16 mil veículos do modelo Willys MA. 


Modelo Willys MB ou Mobel B pode ter sido concebido a partir do modelo MK II.  A Willys-Overland só entregou seu protótipo ao Exército dos Estados Unidos depois que a American Bantam o fez rigirosamente dentro do prazo exigido.


Este modelo sofreu alterações dando origem ao modelo Willys MB (Mobel B) com a forma com que ficou conhecido no mundo. O carro da Willys ganhou a preferência dos militares, tanto que, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, mais de 660 mil unidade do modelo Willys MB Track ¼, 4/4 foram utilizadas nas operações de campanha bélica. Ainda no fluxo de 1941, o modelo MB ganhou grades dianteiras em aço soldado, igual a uma grelha e ficou conhecido popularmente como “Slatt Grill”. Estima-se que ainda rodem pelo mundo cerca de 200 veículos.


Modelo MB da Willys Overland que foi fabricado em série por ela e pela Ford.Is Jeeps fabricados pela Ford eram obrigados a ter na lataria as letras GPWs, com o W evidenciando que a viatura decorria de um modelo da Willys. O Jeep foi preparado para enfrentar terrenos hostis, possuindo machado, pá e um holofote sobre o para-lama dianteiro esquerdo.


                        Em outubro de 1941, forçado pela grande procura de Jeeps, o governo americano fez um acordo com a Willys-Overland para que ela entregasse a um segundo fabricante o projeto e as especificações do modelo MB, ficando-lhe assegurado o direito de produzir pelo menos a metade das encomendas. O segundo fabricante em questão era a Ford, que a contar do dia 10 de janeiro de 1942, iniciou a produção de 15 mil GPWs. A letra W que figurava no modelo significava “padrão Willys”. Até dezembro de 1945, a Willys e a Ford fabricaram 640 mil Jeeps. 


Modelo MB fabricado pela própria Willy e que foi exaustivamente utilizado pelos exércitos estadunidense, ingles e brasileiro na II Guerra Mundial e no pós guerra.



Foram Jeeps deste modelo que a Força Expedicionária Brasileira-FEB recebeu como doação do governo dos Estados Unidos. As tropas brasileiras integraram o contingente do V Exército Norte-Americano durante a campanha da Itália. O número total de Jeeps ¼ toneladas foi da ordem de 655, havendo entre eles 9 ambulâncias. Em 1942, a Willys produziu o Jeep mais prestigiado pelos Exércitos dos Estados Unidos e Inglês, o MB42, considerado o modelo mais clássico.

Jeeps doados pelo Exército Norte-Americano à Força Espedicionária Brasileira por ocasião da II Guerra Mundial. O valente Jeep MB transportava até cinco pessoas.



Após o encerramento do grande conflito, as viaturas que se apresentavam em perfeita condição de uso foram trazidas para o Brasil. Em 1950, a Willys registro a marca Jeep, mantendo-a até 1953, quando a vendeu para Henry J. Kaiser Motors. A Kaiser Motors introduziu no mercado automobilístico os modelos CJ 5  e CJ 6, que foram fabricados até o ano de 1986. Atualmente a marca Jeep pertence à Daimler-Chrysler depois de ter passado pelo controle acionário da American Motors Corporation e da Chrysler.

                        A WILLYS-OVERLAND DO BRASIL

                        A Willys-Overland do Brasil foi fundada em 26 de agosto de 1952, na cidade paulista de São Bernardo do Campo. Em 1954, a empresa deu origem a produção de veículos com o nome de Jeeps Universal, correspondendo ao Jeep Willys modelo CJ 5, montados com peças trazidas dos Estados Unidos. Do ano de 1957 até 1959, quase todas as partes do veiculo foram fabricadas no Brasil. A partir de 1959, até o motor já era de fabricação brasileira. Em outubro de 1967, a Ford do Brasil assumiu o controle acionário da Willys-Overland do Brasil, herdando as marcas Jeep, Rural Willys, Pick-Up Willys, Aero-Willys, Itamaraty, Gordini e Interlagos. Em 1970, a Ford deixou de fabricar o Jeep e o Aero-Willys. Em 1986, quando a marca Jeep se encontrava sob controle da Kaiser Motors, a linha CJ foi substituída pela linha Jeep Wrangler. Coube a Daimler-Chrysler, em 2002, trazer de volta a marca overland, utilizada no Jeep Grand Cherokee.

O modelo CJ 5 foi o último a ser fabricado peal Ford do Brasil depois de ter assumido o controle acionário da Willys Overland do Brasil.



                        A IMPORTÂNCIA DOS JEEPS NO DESENVOLVIMENMTO DO AMAPÁ

                        Os Jeeps modelo CJ 5 foram os que mais circularam nas terras do Território Federal do Amapá. Sem ter suas ruas asfaltadas ou calçadas, a cidade de Macapá apresentava aspectos desoladores durante o período invernoso. Em algumas delas até os veículos automotores acabavam ficando atolados na lama. Os primeiros registros oficiais relativos a existência de Jeeps em Macapá datam do ano de 1960, ocasião em que o governo amapaense comprou as primeiras unidades. Até o ano de 1957, o preço de um Jeep era elevado, visto que sua montagem no Brasil ainda dependia da impostação de peças fabricadas nos Estados Unidos. Em 1960, o governo territorial adquiriu dois Jeeps destinados ao Posto Agro-Pecuário de Macapá, na Fazendinha e à Olaria Territorial. 

Em 1964, por ocasião da abertura dos jogos estudantis, o então Professor Antônio Cordeiro Pontes, Diretor da Escola Industrial de Macapá, dirigiu um Jeep da Divisão de Educação abrindo o desfile. A bela jovem com trajes gregos, Nilza Pontes, sua parenta, carregava a tocha olimpica. Dois alunos da EIM estavam a seu lado. O desfile aconteceu na Avenida Iracema Carvão Nunes, entre as duas alas da Praça Barão do Rio Branco.


Em 1961, foi comprado um Jeep para a Seção de Produção Animal. Em 1963, o governo territorial possuía 10 Jeeps Willys-Overland: 1 na Secretaria Geral, 2 na Divisão de Produção, 2 na Divisão de Obras, 1 na Divisão de Terras e Colonização, 3 recolhidos a Garagem Territorial aguardando reparos e 1 Jeep recém comprado aguardando destinação. Além deles, havia um Jipão Internacional. Nos anos posteriores a quantidade de Jeeps pouco aumentou. Alguns veículos novos foram comprados para substituir os que não tinham condições de tráfego.

Em pé no Jeep da Secretaria Geral, o Governador Jorge Nova da Costa abre o desfile estudantil de 13 de setembro de 1987, na Av. Fab.


Estes veículos eram mantidos na garagem para aproveitamento de peças. Em 1967, na gestão do General Ivanhoé Gonçalves Martins foi comprado o primeiro Jeep da marca Toyota para uso do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Em 1968, outro Jeep Toyota foi adquirido para a Olaria Territorial. Em 1969, a frota de Jeeps compreendia 25 viaturas da marca Willys e 2 da marca Toyota. Neste ano foram compradas cinco unidades assim destinadas; Residência Governamental, Divisão de Educação, Divisão de Saúde, Serviço de Administração Geral e Serviço de Municipalidade. Antes da fabricação do Jeep Willys no Brasil, o veiculo tinha que ser importado dos Estados Unidos. No Amapá rodaram alguns desses importados, todos pertencentes ao governo. Os Jeeps que se destinavam à Divisão de Obras, Divisão de Produção, Superintendência de Abastecimento do Território Federal do Amapá-SATFA, e DNER tinham guincho elétrico na parte dianteira e guincho mecânico na parte traseira. 

Em primerio plano a fotografia mostra o Governador Ivanhoé Gonçalves Martins(de preto) tendo à direta Clodoaldo Carvalho do Nascimento(Diretor de Terras e Colonização) e Odair da Fonseca Benjamim(Diretor da Escola D. Pedro I) e à esquerda Geraldo Leite de Moraes(Diretor da Educação), Roque de Souza Penafort(Prefeito de Mazagão) e o engenheiro Joaquim Vilhena Neto(Diretor de Obras). Observe o Jeep que os conduziu a Mazagão atrás das autoridades que foram inauguras seis casas do IPASE destinadas a funcionários.


Devido ao fato de viajarem frequentemente pelo interior do território, trafegando por estradas esburacadas e lamacentas, precisavam do cabo enrolado nos guinchos, com um gancho da ponta, para rebocar ou ser rebocado ou ainda ser içado caso caísse em uma depressão do terreno ou içar veículos que estivessem em situação semelhante. Por ocasião da abertura do trecho da BR-15, atual BR- 156, entre a Base Aérea de Amapá e Calçoene, o único veículo leve capaz de andar pelo campo encharcado da região era o Jeep Willys CJ 5 utilizado pelo empresário Walter do Carmo. Para vencer um lodaçal existente numa área de campo, onde sequer havia árvores que servissem de ponto de apoio para a atracação do cabo do guincho dianteiro, os operários da estrada de rodagem cortaram centenas de varas, distribuindo-as paralelamente pelo trecho a ser percorrido. O próprio empresário Walter do Carmo dirigiu o veiculo com o sistema de tração das quatro rodas devidamente acionado. Os moradores de Calçoene comemoraram bastante quando o Jeep adentrou na vila. Eles passaram a ter certeza de que finalmente iriam sair do isolamento terrestre, fato concretizado pouco tempo depois. O ex-vereador Juvenal Canto, que ao ingressar no quadro de pessoal do governo do Território Federal do Amapá foi designado para dirigir um Jeep do Serviço de Geografia e Estatística, conta o drama que viveu porque, acostumado a dirigir motor de popa, não sabia engatar a marcha à ré da viatura. Por esta razão ele sempre parava o Jeep em parte inclinada da lateral da rua. Quando queria sair bastava desengatar o freio de mão. Agiu assim até o dia em que o diretor do órgão descobriu sua peripécia. Acabou sendo transferido para o Serviço de Navegação. O Jeep sempre foi destaque nos desfiles cívicos e militares. Governadores e Oficiais das Forças Armadas abriam os desfiles em pé dentro do veículo. Em Macapá o procedimento não foi diferente. Porém, o General Ivanhoé Gonçalves Martins preferia cumprir o ritual caminhando na pista do desfile. Enquanto os contingentes estivessem desfilando ele se mantinha em posição de sentido na frente do palanque. Foi no governo dele (1967 a 1972) que os desfiles da Semana da Pátria e da Semana do Território passaram a ser realizados na Avenida FAB. Até 1966, os desfiles ocorreram no trecho da Avenida Iracema Carvão Nunes, entre as duas alas da Praça Barão do Rio Branco. 

Jeep de campanha que a Força Expedicionária Brasileira recebeu dos norte-americanos na Itália por ocasião da II Guerra Mundial. Foi usado em campanhas de reconhecimento e trazido para o Brasil após o conflito.



Um fato muito interessante aconteceu no trecho mais baixo da Rua Cândido Mendes, entre as atuais Avenidas Matheus de Azevedo Coutinho e a Nações Unidas. O perímetro estava sendo aterrado e antes disso só as lambretas e vespas trafegavam por lá. Um sujeito que encheu a cara de cana na Doca da Fortaleza voltava para casa quando duas lambretas passaram por ele tirando um fino danado. O bêbado xingou as genitoras do lambretistas e continuou caminhando. Ao perceber que dois faróis vinham em sua direção estancou no meio da rua julgando que fossem as lambretas retornando para o centro da cidade. Para azar seu, o veículo era um Jeep da Divisão de Obras que fiscalizava o serviço de abertura de valas para assentamento de tubos e expansão de distribuição de água. Para felicidade do motorista a abalroada não causou grandes danos ao “pau-de-cana”. Viveu muito tempo em Macapá um comerciante cujo estabelecimento tinha o titulo de “Bazar Bandeirante”. Ele possuía um Jeep que tinha luzes coloridas por todas as partes do veículo. À noite, era muito fácil identificar o Jeep do Bandeirante que mais parecia uma árvore de natal ambulante. Quando alguém caprichava na indumentária, o povo dizia que o sujeito estava mais enfeitado do que o jeep do Bandeirante. Em 1961, quando exercia o cargo de governador do Amapá, o pernambucano José Francisco de Moura Cavalcante, cognominado de “Zé Bonitinho”, julgou que tinha poderes para se intrometer nos negócios da Indústria e Comércio de Minérios S.A. Numa manhã de sábado Moura Cavalcante usou o Jeep da residência governamental para ir ao porto de Santana verificar se era verdade que a balança usada pela ICOMI para pesar o minério de manganês exportado estava avariada. Ao chegar ao portão da ICOMI encontrou a entrada bloqueada por uma grossa corrente de ferro. Os vigilantes da empresa indagaram o que ele pretendia e o informaram que o ingresso na área da companhia só ocorreria após a identificação do condutor do veículo e a autorização de estâncias superiores. Sentindo-se ofendido, o governador engatou a marcha ré do veículo e investiu contra a corrente, arrebentando-a e danificando a frente da viatura. Foi detido pela vigilância até a chegada do funcionário que exercia as atividades de relações públicas da ICOMI ao local do entrevero. Convencido de sua atitude não se coadunava com a natureza do cargo que exercia, Moura Cavalcante retornou a Macapá jurando que tudo faria para provar que a ICOMI estava sonegando imposto sobre minério. A atitude desrespeitosa do governador lhe valeu uma admoestação do senhor Jânio da Silva Quadros, Presidente do Brasil. Pequeno e ágil, o jeep foi usado no Amapá para trafegar nos trechos mais inóspitos da BR 156. 


Às vezes, com carga excessiva, a robusta viatura ligou o interior à capital ajudando a resolver inúmeros problemas. Ainda na fase do Amapá como Território Federal, o engenheiro Azarias Neto, prefeito nomeado do Município de Oiapoque, resolveu colocar um motor de caçamba na parte traseira do Jeep da PMO e transportá-lo para Macapá. A viagem transcorreu normalmente até que o Jeep alcançou um trecho íngreme. Ao tentar vencer o acentuado aclive o Jeep rebolou ladeira a baixo ceifando a vida do prefeito. O Jeep Willys passou a ser vendido em Macapá pela firma Irmão Zagury & Companhia Ltda., capitaneada por Moisés Zagury e Jaime Isaac Zagury, depois que a Ford do Brasil comprou a Willys-Overland do Brasil.


Por: Nilson Montoril