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sábado, 27 de agosto de 2016

EDITORIAL | Reflexões sobre o amigo Manoel Mandi, por Cleber Barbosa.


Vumbora!

Essa era uma das expressões mais proferidas por nosso presidente Manoel Mandi, num sotaque todo particular que misturava a base do nordestino, a influência do amazônida e tucuju, com o perfil despojado e aventureiro de um piloto Off-road, mas ser mais formal, ou de um jipeiro dos bons, para ser mais popular.
Apresentar as despedidas a Manoel Mandi não é uma tarefa fácil.
Mas ao mesmo é nosso dever reverenciar sua memória num momento como esse, destacar seus feitos esportivos, citar as inúmeras funções públicas que desincumbiu, agradecer pela humanidade de seus projetos sociais e reconhecer o político diferenciado que ele foi.
Era voz corrente entre seus amigos que essa ficha insistia em não cair, quando da chegada da notícia daquele desfecho triste do fim de semana passado.
Algumas pessoas até diziam que ele não precisava estar ali, pois poderia perfeitamente escalar um de seus colaboradores para fazer a viagem de carreta.
Mas como julgar você amigo?
Só quem o conhecia bem como seus familiares e seus irmãos do Jeep Clube é que poderia saber que ali era seu habitat natural, por assim dizer, o quintal da casa, uma extensão do próprio corpo.
Sim, amigos, o Mandi na estrada era a mesma coisa que água no aquário, o pires debaixo da xícara, a bola no pé do craque.
Mandi começou e terminou sua trajetória profissional fazendo exatamente a mesma coisa: dirigindo um caminhão. No velório, a gente até percebia restos de graxa e pó de borracha em sua mão, sinal de que ele pessoalmente se empenhou em montar cada uma das mais de trinta rodas de sua carreta.
Sua generosidade era tamanha que ele renegou a própria saúde e não descansou até encontrar seu amigo e colaborador que havia sido levado pelos assaltantes.
Dono de um grande coração, cativava a todos, transitava em qualquer corrente política, não tinha rejeição alguma.
Era respeitado no Jeep Clube não por ser o presidente, mas por sua inconteste liderança, alguém que tinha uma determinação muito grande de projetar a instituição, não por vaidade, mas porque sabia que onde quer que chegue o jipeiro certamente encontra outros, que indagarão de onde está vindo e isso nos remete a falar do Amapá, estado que ele tanto amava e tanto defendia.
Mandi acreditava na força do Amapá como destino turístico, tanto que perseguiu o objetivo de promover o nosso estado para que mais e mais pessoas pudessem vir conhecê-lo.
O turismo impacta mais de cinquenta atividades econômicas e ele dizia que o esporte Off-road poderia agregar valor a tudo isso, tanto que procurou autoridades e gente influente do meio, como Ehrlich Cordão, do Cerapió – maior Rally de Regularidade do Nordeste – e também Vilmar Valendowsky, o popular Negão, da FenaJeep, a Festa Nacional do Jeep, em Brusque, Santa Catarina.
Sua ideia era organizar um Rally internacional no Amapá, onde o fato de estarmos no meio do mundo pudesse potencializar o ineditismo de uma competição acontecer em plena floresta amazônica e mais que isso, no estado mais preservado do país.
Esse era apenas um de seus projetos que ficaram por ser completados.
Cabe a todos nós, tanto do Jeep Clube de Macapá quanto do Estado, deste Parlamento, da Associação Comercial e Industrial, enfim, dos inúmeros segmentos da sociedade onde nosso amigo tinha trânsito fácil, dar continuidade e respeitar sua memória.
De nossa parte, tudo faremos para que o Jeep Clube siga trilhando os caminhos por ele projetados, no binômio do lado esportivo, onde ele defendia a qualificação e a capacitação de pilotos e navegadores, como também do lado social, garantindo a permanência dos programas e até mesmo a ampliação do alcance de nossas ações.
Lembrando a expressão com a qual iniciamos essa mensagem, não vamos dizer adeus, mas um até breve ao nosso amigo, que agora ao lado do Criador e de tantas pessoas justas e boas que ele passa a conviver lá no alto.
Certamente irá acelerar a todos, com sua marca de mobilizar dizendo: VUMBORA!


4 comentários:

  1. Isso mesmo amiga Nira, que compartilhou tantos e tantos projetos que pulverizavam aquela cabeça iluminada do Mandi...

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  2. Isso mesmo amiga Nira, que compartilhou tantos e tantos projetos que pulverizavam aquela cabeça iluminada do Mandi...

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  3. Exatamente isso que ele era, por isso ele era nosso pilar, como doi sua ausência meu irmão, mais agradeço a deus por voce ter nus ensinados tudo isso e muito mais coisas , nus ensinou a nus defender tambem, sermos fortes como voce sempre foi, isso que nus deixa em pé, por você somente por voce estamos fortes para nào desamparar nossa mãe que sei que era o seu maior BEM, vamos continar nos seus ensinamentos, obrigada por ser quem voce foi, fiquem em Paz que deus ilumine onde quer que estajas.saudades !!

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