A Blazer Mutante faz pose em frente ao Monumento do Marco Zero do Equador, em Macapá (AP) |
Para a secretária estadual do Turismo, Helena Colares, os jipeiros por si já são uma grande atração para o público, mas a idéia é formatar o FestJeep de modo a agregar ainda mais valor ao evento e assim torna-lo cada vez mais acessível ao público. "A gente sabe que o evento do Jeep Clube a cada edição atrai mais pilotos de outros estados e até países do Platô das Guianas, que passam a também ser turistas, então queremos garantir a melhor receptividade a eles para que recomendem o destino Macapá", disse a secretária.
Já o presidente do Jeep Clube, empresário João Cruz, lembrou que não apenas das Guianas como também de estados caribenhos, como Trinidad e Tobago já enviaram competidores para a disputa do FestJeep. "Para nós é uma grande honra ser lembrado pela Setur que decidiu apoiar o nosso evento, então só podemos nos empenhar para que esta edição seja a melhor de todas as anteriores", disse Cruz.
Pelo projeto original um circuito "indoor" seria preparado para a competição, disputada em duas baterias distintas, com os pilotos se alternando ora por fora, ora pela pista interna, a exemplo do que já vinha ocorrendo em provas anteriores. A disputa é contra o relógio e os tempos são somados. Os mais rápidos avançam para as finais.
O assunto já foi objeto de deliberação em assembleia jipeira, semana passada, estando condicionada agora a aprovação por parte do Estado sobre as demandas apontadas pelo Jeep Clube de Macapá. "Estamos ansiosos, pois trazendo o nosso FestJeep para o Marco Zero estaremos também mais acessíveis ao público que deve lotar as dependências das arquibancadas", concluiu João Cruz.
Red Bull já realizou um desafio de vôlei de praia no Meio do Mundo
Liderados pelo campeão Nalbert, o quarteto brasileiro levou o "checão" do desafio em Macapá |
Quarteto formado por brasileiros superou a seleção do hemisfério oposto por 102 a 93 no Red Bull Latitude Zero. Enduro de vôlei de praia em formato inédito foi realizado no Marco Zero do Equador, em Macapá/AP, no dia do equinócio da primavera
No dia 23 de setembro de 2010, em Macapá/AP, o hemisfério Sul sagrou-se campeão da primeira batalha de vôlei de praia entre as duas metades do planeta, o Red Bull Latitude Zero. Com equipe formada pelos brasileiros Alison Cerutti, Rhonney Ferramenta e as irmãs Maria Clara e Carolina Solberg, o quarteto superou por 102 a 93 a seleção do Norte, composta pela união dos alemães Julis Brink e Jonas Reckermann com as irmãs austríacas Doris e Stefanie Schwaiger. Nos bancos das equipes, dois renomados treinadores: Nalbert, ídolo do vôlei brasileiro pelo time Sul e, pelo Norte, o ex-jogador americano e lenda do vôlei de praia da década de 1990, Sinjin Smith.
No dia 23 de setembro de 2010, em Macapá/AP, o hemisfério Sul sagrou-se campeão da primeira batalha de vôlei de praia entre as duas metades do planeta, o Red Bull Latitude Zero. Com equipe formada pelos brasileiros Alison Cerutti, Rhonney Ferramenta e as irmãs Maria Clara e Carolina Solberg, o quarteto superou por 102 a 93 a seleção do Norte, composta pela união dos alemães Julis Brink e Jonas Reckermann com as irmãs austríacas Doris e Stefanie Schwaiger. Nos bancos das equipes, dois renomados treinadores: Nalbert, ídolo do vôlei brasileiro pelo time Sul e, pelo Norte, o ex-jogador americano e lenda do vôlei de praia da década de 1990, Sinjin Smith.
Cerca de 4 mil espectadores enfrentaram a máxima temperatura de 36 graus do dia do equinócio da primavera e compareceram ao Marco Zero do Equador para o inédito enduro de vôlei de praia entre alguns dos melhores atletas do mundo. Debaixo de sol forte, que especialmente neste dia percorreu toda a linha imaginária, jogadores do Sul e do Norte defenderam seus territórios e disputaram 195 pontos na rede posicionada exatamente sobre a linha imaginária que divide a Terra. Um único set de 90 minutos corridos foi dividido em três etapas – duplas femininas (25min), duplas masculinas (25min) e quartetos mistos (40min) – sem intervalos.
“Este jogo foi inesquecível. É uma satisfação imensa poder estar aqui para participar deste formato inédito no vôlei de praia e ainda por cima vencer o hemisfério norte e a dupla que me derrotou no mundial do ano passado”, declarou Alison Cerutti, vice-campeão mundial da FIVB (2009) e vencedor do Red Bull Latitude Zero.
A partida começou com a disputa feminina, às 09h30 da manhã. De um lado, o dueto formado pelas filhas da ex-jogadora Isabel, Maria Clara e Carolina; de outro, as também irmãs Doris e Stefanie Schwaiger, da Áustria. O equilíbrio entre as duplas femininas perdurou durante os 25 minutos da primeira fase e deixou nítido o entrosamento das irmãs cariocas, que colocaram o time Sul em vantagem de 29 a 27 sobre o Norte antes do confronto masculino.
Na sequência, foi a vez de Alison e Ferramenta defenderem as latitudes do sul contra os rivais alemães Brink e Reckermann, atuais campeões mundiais. Logo nos três primeiros minutos, a equipe Norte virou o jogo e chegou abrir cinco pontos de vantagem, depois de a sucessão de saques perfeitos de Julius Brink, sendo dois “aces” perfeitos colocados no fundo da quadra sul. Aos poucos, porém, os brasileiros – que não jogam juntos na temporada – encontraram o entrosamento ideal e equilibraram a partida novamente. Cortadas e bloqueios de Alison “Mamute” Cerutti evoluíram e fizeram com que a bola caísse mais vezes nas areias do lado norte do planeta, encerrando a fase de duplas com o Sul de novo à frente, com o placar acumulado de 59 a 52.
O momento mais esperado pelo público na capital do Amapá era, sem dúvida, a disputa entre os dois quartetos mistos. Sob temperaturas cada vez mais altas, os oito atletas jogaram por mais 40 minutos para decidir qual seria o hemisfério soberano. O equilíbrio continuou proporcional à incidência solar sobre o Equador e “ralis” quase intermináveis envolvendo todos os jogadores levantaram o público no Marco Zero na fase decisiva.
Durante os últimos 15 minutos do enduro, o Sul finalmente conseguiu sustentar vantagem entre 8 e 10 pontos. Faltando três para o final, um salto mortal para trás de Rhonney Ferramenta marcou a sua comemoração pelo centésimo ponto da equipe sulista, fruto de uma cortada certeira do atleta carioca. Naquele momento a vitória do Sul já era vista como certa e viria a ser confirmada pelo inédito placar de 102 a 93 com o apito final. Pela conquista, o time recebeu a premiação de US$ 24 mil.
Apesar de a cidade de Macapá ocupar ambos hemisférios, o público local mostrou-se claramente conquistado pela simpatia do time brasileiro que vibrou com as arquibancadas a cada ponto conquistado. “Foi a nossa primeira vez em Macapá e adoramos tudo, especialmente a receptividade das pessoas. Foi uma iniciativa incrível e só tenho a agradecer”, afirmou Maria Clara Salgado após a cerimônia de premiação.
Impressionados ficaram também os alemães e as austríacas do time Norte, que não deixaram de elogiar as belezas da região. “Há lugares que você vê pela televisão, mas se surpreende quando tem a oportunidade de conhecer ao vivo. A Amazônia é, sem duvida, um desses casos. Estou impressionado com tanta vida que conheci aqui”, declarou Julius Brink. (Por Ian Sena / Approach)
Saiba mais sobre o Fenômeno do Equinócio, evento único no Brasil, no vídeo www.youtube.com/watch?v=r3cR4y4d510
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