A
nova geração do utilitário Troller T4 chega às lojas em setembro. Mas a
fabricante brasileira faz questão de adiantar todas as novidades do
jipinho e frisar que tudo nele é novo, incluindo seu visual, conjunto
mecânico e até o preço. Porém este último é a única informação mantida
em segredo até o momento. A expectativa é de que o novo T4 seja
oferecido com valor 15% acima do modelo atual (R$ 96.844), ou seja, na
casa dos R$ 110 mil, de acordo com a marca. É esperar para ver.
Produzido
na fábrica da Troller, situada na cidade de Horizonte, no Ceará, o T4 é
um carro que possui uma relação, no mínimo, curiosa com seus clientes. A
maioria deles é fã do suvinho e, segundo a própria
fabricante, chegam a agir como “advogados” do modelo. Para ter uma
ideia, a Troller informa que a taxa de fidelização do T4 é de 48%. Isso
quer dizer que, a cada 100 unidades vendidas, 48 são para quem já tem
(ou teve) um. Levando em consideração que o T4 geralmente é o segundo ou
terceiro carro da família, dá para perceber que quem leva um para a
casa gosta mesmo desse jipinho, não é? Então, vamos conhecê-lo melhor.
O
que mais chama a atenção no T4 2015 é o visual, inspirado no conceito
TR-X, mostrado durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 2012. Como é
possível ver detalhadamente na galeria de imagens abaixo, a partir de
agora, o T4 deixa de lado aquela aparência que, de certa forma, lembrava
o Jeep Wrangler e passa exibir linhas mais modernas e um visual único. A
equipe de design da Troller fez questão de inserir em várias partes do
carro peças ou composições que formam um “T” para reforçar ainda mais a
identidade da marca.
A
carroceria do Troller continua sendo um misto de aço e fibra de vidro.
Já o seu chassi conta com perfil retangular fechado e estrutura tubular
(“space frame”). Em termos de estrutura, a Troller afirma que as
modificações feitas na linha 2015 garantem uma menor rigidez torcional
do chassi durante os impactos habituais em trilhas.
Na
linha 2015 o utilitário ganhou espaço de entreeixos — passou de 2,41
metros para 2,58 m — o que significa mais conforto dentro da cabine. As
medidas de comprimento, largura e altura (4,09 m, 1,97 m e 1,96 m)
também foram ampliadas.
E se tem uma coisa que faz os amantes de off-road
felizes é ver a capacidade que um carro tem de transpor obstáculos. E
no caso do T4 2015, essa valentia aumentou em alguns pontos. O resultado
é um jipinho com acentuados ângulos de entrada (51°), saída (51°),
aclive (até 15°) e lateral (até 40°). Além disso, ele é capaz de cruzar
trechos alagados com até 80 centímetros de profundidade.
Já
o interior, alvo de críticas no modelo atual, agora é totalmente novo.
Desenvolvido com base na picape Ranger, traz soluções mais práticas
pensadas também para garantir mais conforto. Embora tenha um design
mais moderninho, continua privilegiando a alta resistência e a fácil
limpeza – é totalmente lavável.
Em
termos de espaço, o T4 é mais bacana para quem viaja na frente. Atrás,
dois adultos podem se sentir apertados. E quando o assunto é bagagem, a
situação ficou melhor. O porta-malas ganhou 40 litros de espaço,
totalizando 134 litros. Claro que ainda continua sendo quase que um
porta-luvas, mas é uma característica do carro, que faz questão de
priorizar outros aspectos.
A
dupla motor e câmbio do T4 2015 também é nova. O utilitário deixou para
trás o motor diesel 3.0 16V de 165 cv e 38,7 kgfm e passa a ser
equipado com o bloco diesel 3.2 litros de 5 cilindros Duratorq da Ford,
capaz de entregar 200 cv e 47,9 kgfm. A transmissão manual de cinco
marchas foi trocada por uma de seis velocidades. Já o sistema de tração
manteve os três modos com acionamento eletrônico: 4×2, 4×4 High e 4×4
Low. Com o novo conjunto mecânico, o consumo na cidade é de 9,8 km/l e a
estrada de 12,3 km/l, segundo a Troller.
Equipado
com pneus de uso misto, freios a disco nas quatro rodas com sistemas
antitravamento (ABS) e de distribuição de força de frenagem (EBD), o T4
fica devendo controles de tração e estabilidade. Curiosamente, o T4 não
possui airbags. As bolsas infláveis não são obrigatórias para este
modelo, pois podem ser ativadas indevidamente durante o uso off-road.
Em
um breve contato com o T4 em um trecho asfaltado e outro de terra, o
Carsale pode experimentar o jipinho. Na pista, de imediato, dá para
notar como o motor é forte em baixas rotações.
A suspensão dura demais e o câmbio de engates curtos denunciam que a vontade do T4 é de chegar logo ao percurso off-road.
Lá ele mostra que é capaz de deixar para trás a buraqueira e muitos
outros obstáculos, graças aos seus acentuados ângulos de entrada e
saída. Não dá pra negar que é um pequenino valente.
E
se o T4 já era idolatrado por seus consumidores antes das mudanças,
imagine agora que ganhou novo motor e câmbio, cresceu em dimensões e
está com um visual mais moderno? Tudo indica que o cenário deve
continuar positivo para a Troller. Mas os fãs do jipinho que deixarem a
emoção um pouco de lado e pararem para pensar que trata-se de um carro
nacional, com um acabamento sem muito refinamento, uma lista de
conteúdo de fábrica modesta e preço salgado, podem mudar de ideia.
Fonte: http://noticias.carsale.uol.com.br/
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