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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

VIAGEM VAI VIRAR LIVRO: Aventura até o Chuí será imortalizada

TURISMO / Na maior viagem de sua vida, jipeiro amapaense prepara publicação de um livro com todos os detalhes da “Expedição do Oiapoque ao Chuí”.
A foto histórica da conquista do Arroio Chuí vai ilustrar certamente a obra literária do piloto Otávio Cardoso, que quer lançar este ano o livro com todos os detalhes da maior viagem de sua carreira como jipeiro do Amapá.

Cleber Barbosa/Diário do Amapá
Editor de Turismo

Vai virar livro o diário de bordo da “Expedição do Oiapoque ao Chuí”, realizada em janeiro por associados do Jeep Clube de Macapá. Escrita pelos jipeiros Otávio Cardoso e Eduardo Júnior, a obra será uma visão realista da viagem, com todos os bastidores, acertos e erros. “Não vou deixar nada de fora”, diz o piloto Otávio, idealizador do projeto do livro. E deve ter muita história pra contar mesmo, afinal foram vinte dias de aventura e 6,1 mil quilômetros percorridos.
Otávio, que é servidor público, diz que essa foi de longe a maior viagem que já fez de Jeep em sua vida. E olha que o cara é rodado. Já foi em viagens como passar o Carnaval em Óbidos (PA), à usina de Tucuruí (PA), aos Lençóis Maranhenses (MA) e até em um tour pelo Nordeste, tudo a bordo de um 4x4. “A viagem por estrada embora seja mais demorada proporciona muito mais opções de passeio, sem contar que a gente economiza com táxi ou aluguel de carro. E ir em um carro com tração nas quatro rodas amplia ainda mais esse horizonte de possibilidades de aventura”, diz, descontraído.
Otávio explica que o projeto original era apenas fazer um diário de bordo, tomando nota de cada cidade visitada, as distâncias e, claro, as quebras do Jeep. E não foram poucas, cinco ao todo. Ele tem na ponta da língua as peças quebradas. “Foram dois semieixos, um rolamento de roda, um eixo da caixa de marcha e um disco de embreagem”, enumera o aventureiro amapaense.
"É uma viagem que ficará para a posteridade, para contar a meus filhos e netos, podendo provar".
Otávio Cardoso, jipeiro.
Solidariedade - O piloto conta ainda que uma das coisa que mais lhe marcaram na viagem foi a aceitação por parte das pessoas que encontrava pelo caminho. “Isso foi algo realmente inesquecível, pois todos demonstravam uma grande simpatia pelos jipes antigos e ficavam impressionados com a grandeza da viagem, afinal estava escrito no para-brisa que a viagem era do Oiapoque ao Chuí”, diz Otávio. Ele também diz que fez muitas amizades e que as pessoas continuam interagindo com ele e seus parceiros por telefone ou redes sociais. Ele abriu um perfil no Facebook com todos os detalhes da aventura (JeepOiapoqueChui).
Otávio diz que até abril terá reunido todas as informações do livro, quando enviará a um amigo em Belém que assinará a revisão. “Mas estamos abertos a algum editor interessado em publicar a obra”, dia o autor. A previsão é que o livro tenha entre 300 a 400 páginas, com bastante ilustrações, planilhas e fotos da viagem. Mais informações sobre a obra e demais contatos podem ser feitos pelo celular (96) 99152-8844.

Jipeiros gaúchos virão a Macapá em setembro
Um dos objetivos da expedição “Do Oiapoque ao Chuí” era exatamente divulgar essa marca, sinônimo de grandiosidade e extensão territorial do Brasil. E o piloto Otávio Cardoso diz que foram várias as pessoas que revelaram ter o sonho de cruzar o país de uma ponta a outra. “Mas os associados do Jeep Clube de lá do Chuí e outros do Uruguai que estiveram conosco na fronteira garantiram que vão fazer o caminho de volta, vindo do Sul até o Norte, mas não de Jeep Willys”, entrega.
E a data para que retribuam a visita deverá ser o mês de setembro, quando Macapá sediará o Fest Jeep no Meio do Mundo, um dos principais eventos do calendário anual do Jeep Clube de Macapá. “É oportuno que venham nessa época, pois nossa competição faz parte da programação do Equinócio da Primavera, portanto é uma das principais atrações turísticas do estado”, diz.
Otávio diz que o projeto de escrever um livro sobre a aventura vai garantir que os registros jamais sejam esquecidos, pois dificilmente outra será feita daqui para lá, devido a todo o planejamento e logística necessários. “É uma viagem que ficará para a posteridade, para contar a meus filhos e netos, podendo provar tudo o que disser a eles”, encerra o piloto.

Piloto escreve em seu diário de bordo a satisfação pelo feito histórico
Os números da expedição “Do Oiapoque ao Chuí” evidenciam muito bem a grandiosidade da viagem. Foram 20 dias na estrada, sendo que 36 horas a bordo de uma balsa da empresa NorteLog, que fez a travessia dos jipes entre Macapá e Belém; Ao todo, uma distância percorrida de 7.600 quilômetros, sendo que 6.100 rodando em asfalto, com 110 quilômetros em estrada de terra, no trecho entre Oiapoque e Calçoene; foram mais de 300 cidades visitadas, em 10 estados brasileiros (Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Otávio teve como copiloto o amigo Eduardo Smith e usaram um Jeep Willys original, ano 1969, cedido pelo amigo Cláudio PPG, pois o carro de Otávio é um Jeep Cherokee, que não se enquadra no perfil exigido pelos organizadores da expedição, que só queriam o veterano Jeep Willys.
Antes de retornar para Macapá – o que foi feito de avião – o piloto Otávio Cardoso fechou seu diário de bordo com a seguinte mensagem:
“Hoje dia 24/01/2015 partimos para o Amapá, nossa terra natal, mas a sensação é de dever cumprido, de conhecer esse Brasil maravilho, de saber o que representa levar um pouco do norte ao sul. Foi a realização de um sonho que atingiu não só os expedicionários, mas todas as pessoas pelos lugares por onde passamos que direta e indiretamente tiveram contato com a expedição e puderam se sentir parte dela. Meu nome e Otávio Cardoso, moro em Macapá-AP, aqueles que quiserem fazer contato para saber detalhes da expedição poderão fazê-lo pelo email otavioneto.cardoso@hotmail.com ou pelo Whatsapp 96 991528844”

CURIOSIDADES
Piloto Otávio Cardoso e seu copiloto Eduardo Smith
- A distância em linha reta entre Chuí (Rio Grande do Sul) e Oiapoque (Amapá) é 4.180,41 km, mas a distância de condução é 5.577 km.
- O Chuí é a cidade mais meridional do país, a qual faz fronteira com a cidade do Chuy, no Uruguai.
- Possui uma população de 5.919 habitantes, constituída por brasileiros, uruguaios e árabes palestinos (estes últimos muito ligados ao comércio).

6.100Km.
Distância rodoviária percorrida pela Expedição.

NA FRONTEIRA

2 comentários:

  1. Parabéns aos Jeepeiros do Amapá pela determinação em cruzar o País em seus Jeeps Willys não só pela vontade de fazer um feito histórico mas pela mensagem que levaram visando difundir a ideia que mesmo com baixa velocidade (comparados aos padrões atuais de nossas rodovias) chegamos aos nossos destinos. Parabéns!

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  2. E já tô no aguardo do livro para adquirir um. Muito bom.

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