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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Entrevista Jipeira: "Comecei no Jari como motorista de caminhão"

Desde a chegada a Macapá com a taça de campeão do Cerapió 2012 Mandi intensifica presença na mídia
O jornal Diário do Amapá publicou ontem (31) uma entrevista de meia página com o presidente de honra do Jeep Clube de Macapá, o empresário Manoel Gomes de Souza, o Mandi. Ele acaba de sagrar-se campeão brasileiro de rally, categoria graduados, tornando-se a maior expressão do segmento off-road por estas bandas, daí o interesse da imprensa em saber mais sobre sua trajetória. Acompanhe, a seguir, a íntegra da conversa do piloto com o jornalista Douglas Lima, do Diário.


Douglas Lima
Especial para o Diário do Amapá


O empresário Manoel Mandi é um nordestino que vive no Amapá desde os anos 1980, quando veio em busca de emprego no Projeto Jari. Conseguiu. Depois foi taxista, tornou-se empresário do setor de combustíveis e deputado estadual por dois mandatos. A atividade social de Mandi é muito grande. Agora, ele também ostenta o título de campeão brasileiro de rali.
Um nordestino com cara de amapaense. Manoel Mandi, 54, chegou no Amapá no início dos anos 1980. Veio, como muitos retirantes nordestinos, para trabalhar no Projeto Jari. Trabalhou como motorista de caminhão. Depois tomou o seu rumo. Foi ser motorista de táxi, em cuja atividade conseguiu montar uma pequena frota de veículos para transporte de passageiros. Mais adiante se estabeleceu como empresário do setor de combustíveis em que permanece até hoje. Toda essa trajetória de Mandi é permeada de incursões em atividades sociais e políticas. Ah, e também pelo amor a aventuras jipeiras. Ele é o nosso convidado de hoje.
Diário do Amapá – Por que esse nordestino com cara de Amapá?
Empresário Manoel 
Mandi – Eu transpareço isso? Talvez seja porque eu me identifiquei e me identifico muito com esta terra que amo tanto.
Diário – Ao vir para o Amapá, nos anos 1980, o senhor já pensava em ficar aqui de vez?
Mandi – Na verdade, como todos os nordestinos que tomaram o rumo da Amazônia e do sudeste do país, no século passado, eu vim aventurar em busca de melhores condições de vida.
Diário – E essas condições acabaram surgindo...

Mandi – Comecei no Projeto Jari como motorista de caminhão da fábrica de celulose
Diário – Era essa a sua profissão ou a procurou pela necessidade do momento de conseguir um sustento imediato?

Mandi – Um pouco de cada coisa. Dirigia caminhão, mas ninguém acreditava nisso, porque eu era bem franzino.
Diário – No entanto conseguiu o emprego?

Mandi – Sim.
Diário – E daí?

Mandi – Fiquei sendo motorista de caminhão do Projeto Jari que na época atraía muita gente de todo o país, por algum tempo, e depois resolvi trabalhar por conta própria.
Diário – Em quê?

Mandi – Fui ser motorista de táxi.
Diário – Quer dizer, o senhor sempre chegado a um volante de carro.

Mandi – É verdade. Como taxista consegui juntar alguma coisa e parti para ter uma pequena frota de carros. Consegui isso, graças a Deus.
Diário – Falar em volante, o senhor, hoje com a idade de 54 nos, eis que se sagra campeão brasileiro de rali.

Mandi – Olha, isso é uma realização para mim.
Diário – Como o senhor conta essa história?

Mandi – É o amor que tenho pelo volante, como já foi dito antes.
Diário – Outra paixão, sua, é a política...

Mandi – Fui deputado estadual por duas vezes seguidas, mas agora não quero mais ser político partidário, de mandato.
Diário – Porque prefere agora somente a política social?

Mandi – Diria que quero me dedicar à minha atividade empresarial, dá mais atenção para a família e continuar ajudando segmentos da sociedade com as minhas ações sociais.
Diário – Ações como presidente da Apae em Laranjal do Jari e membro do Rotary Clube?

Mandi – Também.
Diário – Por que também?

Mandi – Como jipeiros nós ajudamos muita gente.
Diário – Como assim?

Mandi – Distribuímos vacinas em áreas de difícil acesso, fazemos campa-nhas de arrecadação de donativos, apoiamos a causa do combate ao câncer e ajudamos em situações ocasionadas por enchentes e incêndios, entre outras atividades.
Diário – Muito bem. Obrigado pela entrevista.

Mandi – Eu é que agradeço, imensamente.

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