PUBLICIDADE

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Oiapoque Expedition: "Um sonho realizado" - Relatório final

O Blog Sou Jipeiro publica, a seguir, o relatório final da "Oiapoque Expedition", que cortou o Brasil no mês passado para chegar até Oiapoque, no extremo norte do Brasil. Segundo os organizadores da viagem, foi a realização de um sonho, mas para nós, jipeiros do Amapá, uma oportunidade para que outros irmãos brasileiros pudessem conhecer os atrativos naturais e o povo amapaense. Leia e veja as impressões destes ilustres aventureiros.


UM SONHO REALIZADO

Não temos explicação porque nós temos vontades, desejos ou qualquer outra ansiedade, o que sabemos é que queremos porque queremos alguma coisa, seja ela material ou não. O que sabemos é que o ser humano é dotado de uma faculdade formidável que é a Imaginação, e que com ela pode tudo, portanto quando se conversa, se le ou se assisti a algo sobre o assunto objeto do desejo, imediatamente nos transportamos ao local onde se passa tal evento e nos imaginamos fazendo parte de tudo isso.
Minha historia com veículos 4x4 (fora de estrada), já remonta quase 20 anos, desde quando comprei um Willys e comecei a conhecer esse mundo que para mim foi uma das melhores coisas que aconteceu em minha vida, conheci pessoas, fiz amizades muito marcantes e aprendi muita coisa, alem de dirigir um  Willys, o veiculo off-rood mais emblemático de todos os tempos, e com certeza continuara sendo por muito tempo.
Meu grande companheiro nessa empreitada foi meu filho JR, que também se apaixonou por esse estilo de vida, e juntos tivemos momentos memoráveis, muitos registrados em fotos e vídeos e outros marcados para sempre em nossos corações. Esse relato acima serve apenas para  ilustrar o que vou descrever abaixo, tendo tido uma vasta experiência no mundo off-rood (trilhas) das mais tranqüilas as mais “pesadas” (sempre
como robby, nunca em competições), chegou o momento de deixar as Trilhas de lado e me aventurar  em viagens (expedições) mais longas.
Isso teve inicio na aquisição de um veiculo 4x4 a diesel e confiável para atravessar grandes distancias (Troller, daí para frente deu-se as primeiras impressões e ambientação com o novo companheiro de aventuras. Nesse meio tempo, reencontrei um amigo que não via a muito tempo o Oliveira (trabalhamos juntos), e esse encontro não poderia dar-se em outro lugar se não em uma trilha (Cantareira), daí começamos a nos encontrar  com mais freqüência, pois ele também tinha iniciado a sua paixão pelo off-rood.
Em inúmeras conversas, expressei a minha vontade de fazer uma expedição, pois estava decidido, a vontade era grande só esta faltando a oportunidade, foi quando para minha surpresa o mesmo comentou que no ano anterior já havia feito uma viagem ate o Uruguai com amigos do interior de São Paulo, e que para esse ano já estavam programando outra Expedição e dessa vez muito mais radical onde o objetivo seria atingir a cidade do Oiapoque, no Amapá(extremo norte do pais), onde teríamos que vencer uma jornada de aproximadamente 10.000km sendo que  Parte em estradas de terra. Isso me deixou entusiasmado e pedi para incluir o meu nome nessa expedição, coisa que o mesmo o fez, o que acabou me aproximando do Hugo, jipeiro experiente nesse tipo de viagem e marcamos um encontro.
Nosso primeiro encontro foi em SP em uma lanchonete, onde alem de nos conhecermos trocamos varias experiências entre assuntos de trilha e expedições e desse encontro já surgiu uma confiança mutua, a qual é fundamental para uma empreitada dessa, coisa que eu iria compreender melhor durante a expedição. A data estava em aberto, pois ainda faltavam ajustes de todos os participantes, no inicio iriam 07 veículos e 16 pessoas, fazer acertos de ausência em seus empregos, ou negócios não é uma coisa fácil e demanda certo tempo. Eu já estava no entusiasmo total e comecei quase de imediato a colher informações e fazer verificações no veiculo para deixar tudo em ordem. Ai veio a reunião com os participantes na casa do Hugo em Paulínia Interior de SP, como não podia deixar de ser fizemos um churrasco (fizemos é bom, eu só degustei), e o mais importante alem de toda descrição da viagem, rota a ser seguida foi a marcação da data para o dia 04.08.2012, um sábado as 05.00h em um posto de combustível na beira da rodovia anhanguera em Campinas, esse era o ponto crucial para que todos conseguissem fazer suas programações junto aos compromissos profissionais e familiares.
Foi uma tortura esperar, pois ainda faltavam meses para a data marcada, nesse meio tempo convidei para ser o parceiro de viagem o Ricardo (barão), amigo de longa data e trilheiro super experiente, alem de já conhecer parte do trajeto, pois em 2002 já havia percorrido parte da Transamazônica com outra turma de aventureiros, Formamos a dupla mais experiente (velhos) da expedição. Meu grande parceiro de trilhas e aventuras off-rood, sempre foi o meu filho JR, mas dessa vez não houve como conciliar, pois a data da viagem coincidiu com a chegada do grande PH (Pedro Henrique) meu primeiro neto e o JR  tinha que estar presente e dar apoio a esposa Paula, ficou super chateado, mas muito feliz pelo nascimento do PH. Disse que a do ano que vem ele vai.
Mas enfim o dia chegou, para sorte da minha família que não agüentava mais ouvir falar na tal
viagem, mas o apoio foi total, principalmente da esposa Sonia que deu a maior força. O comboio estava formado, dos 07 veículos que estavam previstos, somente 04 estavam ok e com 08 integrantes, os outros tiveram problemas diversos (inclusive falta de coragem) e não puderam participar.


X TERRA – HUGO e OLIVEIRA
TROLLER – ROBINSON e MAURO
TROLLER – HIDERALDO e RICARDOTROLLER – RAGI e LEONARDO

Partimos no dia e horário marcados e com metas de km a serem cumpridas, as quais conseguimos cumprir durante toda a expedição, há de se ressaltar que todos os participantes cumpriram com suas obrigações e formou-se um grupo muito responsável, onde cada um sabia que o sucesso da empreitada só seria conseguido com esse comprometimento.
E da-lhe asfalto, nos primeiros dias principalmente teríamos grandes distancias a serem percorridas, e começamos a ver que nossas estradas que aparecem sempre nos noticiários são ainda piores, assim que se sai do estado de SP a coisa começa a ficar bem feia, asfalto da pior qualidade e somem as pistas duplas, sendo que 80% da expedição rodou por pistas simples e por volta de 1.800km foram transpostos em pistas de terra.
Seguimos em direção ao Mato Grosso e demoramos dois dias para atravessar o estado, ficando muito marcado o trecho entre Rondonópolis (considerado o maior entroncamento rodoviário do centro oeste)e Cuiabá, estrada asfaltada, pista simples e um movimento de veículos pesados em uma quantidade absurda que fica impossível ate de mensurar, para se ter uma idéia o trecho e de aproximadamente 200 km, os quais demoramos quatro horas para transpormos.
Logo em seguida entramos no estado do Para, outro estado de dimensões gigantescas, porem com um agravante considerável, quase todas estradas de terra, isso já era sabido por nos, mas o que não esperávamos era a quantidade de poeira (um talco), que nos fazia manter uma distancia considerável entre os veículos para podermos transitar com segurança, só que outros veículos também trafegavam na rodovia e isso causava alem do incomodo um perigo constante onde toda a atenção e a comunicação entre os veículos vias radio PY foram  de suma importância  para que enfrentássemos esse grande desafio com sucesso.
Conseguimos atravessar o Para  também com dois dias de árduo trabalho no volante.
Ressaltamos o trecho entre Ruropolis e Santarém, a pior parte da Expedição, estrada de terra, um pó indescritível, e obras na pista sem sinalização, um verdadeiro pesadelo. Finalmente chegamos a Santarém, cidade muito bonita e onde fomos recebidos pelo pessoal do Jeep clube Tapajós na pessoa do Rodison, um parêntese sobre esse pessoal, eles foram cruciais na escolha do nosso trajeto, onde por sugestão dos mesmos conseguimos uma redução significativa nos kms rodados e substituímos parte por Balsa (16 horas
aproximadamente 400 km), de Santarém ate a cidade de Almerim também no Para, de onde seguimos para Macapá (+ 350 km) por estrada de terra.
Em Santarém fizemos o nosso primeiro ato como Turistas, fomos ate Alter do Chão, cidade próxima a Santarém (40 km) local de rara beleza banhada pelo Lago Verde (imenso) e o rio Tapajós (mais imenso ainda), onde alugamos dois barcos pequenos que nos levaram a um passeio pelo lago, quase indescritível , existe nesse lago bancos de areia que ficam expostos de acordo com a maré do rio e quando isso ocorre, são montados quiosques para atender aos turistas, praias de areia branca e água transparentes dão ao local um visual maravilhoso, nesse dia estava perfeito e almoçamos em um quiosque indicado pelos barqueiros, que alem de pilotar os barcos nos deram uma aula de geografia e cultura geral sobre o local.
Não podemos deixar de mencionar um dos barqueiros que se destacou se auto intitulando JOHN LENON CORPORATION, o camarada é uma enciclopédia sobre o local e conhece tudo, alem de ótimo cicerone. (quando estiver em Alter do Chão procure-o) Um capitulo a parte e que não poderíamos deixar de mencionar é a viagem de balsa, para nos que não temos esse costume foi uma epopéia inesquecível, primeiro as condições de embarque, não ha porto ou doca, a mesma fica encostada no “barranco” todo o trabalho é feito manual (no braço), pois quando estamos falando em balsa não podemos esquecer que é um veiculo de carga, essa por exemplo que não é da maiores a capacidade de carga é de 300 toneladas, onde se carrega de tudo, e quando falamos de tudo é tudo mesmo, cargas das mais variadas, veículos, pessoas (passageiros) nesse dia a bordo havia ate um caixão com um corpo sendo transportado ate uma cidade vizinha, em contato com os familiares que também estavam a bordo ficamos sabendo que era de uma senhora de idade, avó dos mesmos, nesse momento começa a “cair a ficha” de que tudo é transportado pelo rio, não tem como não ficar impressionado, para nos que não estamos acostumados é um choque de cultura muito grande, mas muito valido, afinal nossa expedição procura justamente isso, é um aprendizado impar que não se consegue em nenhum livro.
Continuando a rodar em direção a Macapá, a estrada tem um visual muito bonito, mata virgem e em alguns trechos chega a fechar a parte de cima onde as arvores quase se tocam, chegamos a Laranjal do Jarí, onde passamos por uma outra balsa (10 minutos) para atravessar o rio que divide as cidades, procuramos um hotel  e simplesmente “desmaiamos” pois como no dia anterior não tivemos uma boa noite de sono, devido as horas que passamos na balsa e emendamos o dia na estrada.


O grupo da Oiapoque Expedition com o editor do Blog Sou Jipeiro, jornalista Cleber Barbosa
Refeitos, no dia seguinte seguimos ate Macapá, quando chegamos já tivemos uma visão maravilhosa, pois a orla é muito bonita e a cidade também, por coincidência ficamos hospedados em um hotel em que o proprietário é um jipeiro nem preciso citar que praticamente ficamos “em casa”, a noite novamente fizemos papel de turistas e fomos dar uma volta na orla e ficamos em um barzinho, bebericando e beliscando alguns petiscos e olhando o rio (uma maravilha). No dia seguinte, novamente na estrada ate Oiapoque (+ 630 km) desses 250 km de terra, partimos logo cedo e conseguimos o nosso objetivo, no final da tarde chegamos, a nossa meta fora atingida.
Oiapoque, cidade fronteiriça muito parecida com todas as outras que já conheci,  o local tem uma beleza natural muito bonita o rio Oiapoque que divide o Brasil da Guiana Francesa é muito bonito e enorme, visitamos o lado internacional na cidade de São Jorge, chegamos de “voadeira” em pouco mais de 15 minutos, fizemos um pequeno tour e retornamos ao Brasil, passamos a noite em Oiapoque e no dia seguinte pela manhã iniciamos o retorno a Macapá, opa não sem antes tiramos varias fotografias no marco do Oiapoque.O ponto negativo sempre fica para as autoridades governamentais, a Ponte que liga os dois países esta pronta a muito tempo, só falta um pequeno trecho de asfalto para ligá-la a rodovia principal e a construção da Aduana para controle do trafego de pessoas e  produtos, como sempre não há explicação cabível para esse descaso. A ponte é muito bonita.
Voltando a Macapá, novamente como turistas, visitamos o Meio do Mundo, na divisa dos hemisférios Norte e Sul fomos a fortaleza (que tem fama de mal assombrada) e fizemos mais um tour pela cidade, também tivemos um importante compromisso com Cleber Barbosa, jipeiro, radialista, redator e locutor de radio, onde fomos entrevistados ao vivo pelo mesmo e teve bastante repercução, a noite o Jeep clube de Macapá, ofereceu um jantar típico, onde estavam presentes o João presidente do Jeep clube, sua esposa e também o campeão de rali do Piocera, Mandi, pessoa que nos deu imensa atenção.
Ai houve uma mudança de planos, inicialmente de Macapá partiríamos para Belém e de Belém iríamos para o Maranhão para conhecermos os lençóis Maranhenses, foi quando uma surpresa inesperada fez com  que mudássemos nosso roteiro, a balsa que transporta veículos demora dois dias para efetuar a travessia, e a de passageiros um dia, isso nos atrasaria muito e ai veio uma idéia do Cleber Barbosa para substituirmos Lençóis Maranhenses por Ilha de Marajó, para mim isso soou como musica pois esse é um lugar que eu sempre quis conhecer, e para esse deslocamento não seria necessário termos os veículos pois para Marajó usaríamos um barco que leva 03 horas para efetuar a travessia, ai fomos nos.
A logística para atingirmos esse objetivo foi, embarcar os veículos para Belém na balsa (48 horas), ir de avião ate Belém (35 minutos), passar a noite em Belém, turismo novamente fomos conhecer a Estação das Docas local maravilhoso, são as docas antigas que foram reformadas e transformadas em Bares, restaurantes, lojas de souvenir, local extremamente bem cuidado, gente bonita, tudo de bom, no dia seguinte as 06.30h embarque para Marajó.
Viagem a Marajó, embarcamos e estávamos conversando quando uma senhora, Maria Aparecida pediu licença pois estava ouvindo nossa conversa e como estava mais que obvio que éramos turistas a mesma nos deu dicas de como era a Ilha e onde deveríamos ficar, visitar, para podermos aproveitar melhor o passeio, há a mesma era dona de uma Fazenda de Búfalos
em Marajó, deixou tudo por escrito e foi de extrema valia conseguimos aproveitar melhor a estada em Marajó. Quando se fala de Ilha, logo pensamos um local pequeno que de um lado se observa o outro, ou algo parecido, engana-se redondamente quem tiver essa visão da Ilha de Marajó, existem 16 cidade na ilha, chegamos em Salva Terra, pegamos uma van ate Soure uma cidade   importante e uma das maiores, ficamos em uma pousada e de la alugamos um taxi para fazer um tour pela cidade e conhecer os pontos indicados pela Maria Aparecida. Houve controvérsias quanto a andar em um Búfalo, a maioria não queria, mas insisti e fomos ate uma fazenda de búfalos para atender ao meu desejo, dei uma volta de 10 minutos no animal que realmente é grande e forte ao extremo, após a minha façanha o Hugo se animou e também andou, os demais deram desculpas diversas e evitaram polemicas, ou seja ficaram com muito medo.
O que iria dizer aos meus amigos quando mencionar que estive em Marajó, a primeira pergunta seria Andou no Búfalo?, agora posso dizer que andei, e há fotos para comprovar a façanha. No dia seguinte retorno a Belém, nosso ultimo tour que era ir ao mercado Ver o Peso, o que fizemos logo que descemos do barco, pois é próximo, ficamos encantados com a quantidade de itens a venda, em termos de comida há de tudo, muita diversificado e interessante, valeu a visita.


As coisas acontecem quando menos se espera, estávamos em um bar (quiosque) no mercado Ver o Peso, quando do nada pareceu uma pessoa, com algumas folhas de papel na mão e um lápis e sentou-se próximo a nos, e começou a rabiscar Caricaturas, nada pediu e após os desenhos estarem prontos nos ofereceu ao preço de R$  5.00 cada, compramos e houve alguns que não concordaram com o que estava desenhado, foi quando o “artista” falou, “alguns eu tive que melhorar, pois é muito feio”. Foi uma gargalhada só inclusive de outras pessoas que observavam o que estava acontecendo.
Fomos buscar os veículos, já na saída de Belém, em posto de combustível, arrumamos as bagagens e começamos a descer “Ladeira” abaixo, pois tínhamos a nossa frente apenas 3.000 km ate nosso destino final, retorno a São Paulo. Retornamos em três dias, rodando tranqüilo e com sentimento de dever cumprido, é interessante falar dessa forma, mas é como me senti, pois saímos com um objetivo e
conseguimos cumprir integralmente. Conhecemos Pessoas, Lugares, Cidades, Patrimônios, Povoados, lugares muito bonitos, outros nem tanto, mas o calor humano que sentimos foi extraordinário, pessoas fazendo perguntas, outras tirando fotos, não houve lugar em que não fossemos recebidos de braços abertos, esse é o nosso povo, que é famoso pela hospitalidade, me orgulho muito de pertencer a essa gente
Três destaques em nosso retorno temos que ressaltar.

Cidade de Ulianopolis – PA, conhecemos o Vander, uma pessoa bem falante, muito bacana que coleciona carros, que fez questão absoluta que  fossemos a sua casa para visitar a sua coleção, e o fizemos antes de partir pela manhã.
Cidade de Itumbiara – GO – divisa com MG, cidade muito bonita, com uma orla muito bem cuidada, e com uma curiosidade uma ponte de ferro que liga os dois estados, onde passa apenas um veiculo por vez. (essa ponte é atração turística, mas funciona normalmente).
Cidade de Ribeirão Preto – SP, passar em frente é não tomar um Chopp no Pingüim seria uma heresia jamais perdoada. (aproveitei e comprei um Pingüim de pelúcia para o PH). Chegamos em casa no Domingo, no final da tarde.

FIM

Considerações
Quando conversei com o  HuHugo pela primeira vez sobre a viagem já se passaram oito
meses parecia que a data não chegava, chegou passou e deixou lembranças inimagináveis e
inesquecíveis. As pessoas que encararam essa epopéia que muitos chamam de loucura, hoje estão cheias de orgulho, pois assumiram um compromisso e cumpriram o mesmo com todo louvor, e com uma historia para contar. No inicio da viagem éramos praticamente desconhecidos, hoje temos um laço de amizade forte, pode ser que alguns não se vejam mais, mas a lembrança permanecera. Outro fator que contribuiu muito para o sucesso foi que todos são motoristas muito
experientes, pois as condições de trafego em alguns lugares inspiraram cuidados especiais.
Uma observação pessoal, as pessoas que dizem que a água vai acabar nunca estiveram nessa
região, você estar ao lado ou navegando nesses rios faz com que se sinta tão pequeno e
insignificante perto de uma natureza tão exuberante. Durante nossa trajetória, eu não contei mas com certeza atravessamos mais de uma centena de pontes, grande, pequenas, isso significa que abaixo havia água.

Crítica
A minha critica vai para as autoridades que cuidam (se é que cuidam) das estradas do nosso
pais, rodamos por uma pequena parte de nossas rodovias e o que vimos foi um descaso
imenso, vimos também muitas obras que de acordo com os cartazes informativos são por
causa do PAC do Governo Federal, porem no ritmo do andamento acredito que mais ou menos
daqui a cinqüenta anos as coisas estejam melhores.

Comentarios entre os amigos, “você vai aonde?”, “o que você vai fazer la?” “Amapá “não sei nem onde fica”; Respostas: - no Oiapoque – AP – no meio do mundo; - vou conhecer o local, a cultura, pessoas, fazer amigos; - fica no extremo Norte do Pais que você nasceu e mora
 Alguns acharam bacana, outros nem tanto, mas o que importa é que realizei meu sonho
Agradecimentos; - a minha família, em especial a esposa Sonia que me aturou falando dessa viagem durante meses:
- aos amigos que me incentivaram e deram apoio
- aos familiares, amigos e curiosos que nos acompanharam pelo Face book
- a todas pessoas que nos receberam em suas cidades e foram muito calorosos
- a todos companheiros de viagem, foram espetaculares
- a todas pessoas que nos acolheram em seus estados e cidades e nos fizeram sentir que  
mesmo longe de casa havia onde se apoiar se necessário fosse.

Obrigado
Já estou pronto para outra..........

Hideraldo                    



Nenhum comentário:

Postar um comentário