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Hilux flex é arma da Toyota para trilhar árduo caminho que a separa da S10 bicombustível |
Do UOL, em São Paulo (SP)
Visualmente, a Hilux 2012 não agradou a UOL Carros. Enquanto o modelo anterior tinha personalidade forte e cativante - com sua barra única assinando a grande abertura frontal -, a picape atual encaretou. Os traços gerais foram suavizados, ganhado ares de um sedã anabolizado. Pior, a grade frontal ganhou três lâminas com uma certa elevação ao centro, que acabam lembrando (ou, no popular, "imitando") as linhas definidas pela coreana Hyundai em seus modelos. Nada pior para a personalidade da marca japonesa e seus seguidores. Enquanto isso, a S10 ficou mais parruda, acolhendo bem a enorme frente com a nova identidade da Chevrolet. Claro, cada comprador tem seu gosto, mas nós preferimos os traços marcantes da nova S10 ao conservadorismo nada inspirado da Hilux 2012.
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De visual novo desde novembro de 2011, picape Toyota Hilux 2012 adota agora motor bicombustível |
O fundamental, porém, é tentar responder à pergunta do frentista de forma objetiva. Vale ceder à pressão do mercado, descer um degrau (talvez dois) na escada da força e escolher o motor flex para mover a picapona de 5,26 metros e 1.745 quilos? No trânsito pesado, ou tentando encaixá-la na diminuta vaga do shopping center, talvez não faça diferença. Mas puxando carga e abrindo caminho na estrada, haverá diferença, sim, mas para pior. Por vezes, fica a incômoda impressão de que o fôlego da gigante é curto. A picape demora para embalar, mesmo com o trabalho correto do câmbio automático de quatro marchas. Todos à frente vão abrir caminho, acostumados com o porte da picape (embora a cara, vista pelo retrovisor, já não assuste tanto), mas você não terá a mesma facilidade em passar por eles. Sem a força do motor a diesel, uma única palavra que nos vêm a mente: frustração.
Depois de dividir estas impressões com o frentista, ele acenou a cabeça, num gesto de compreensão. Com o tanque devidamente abastecido com etanol e R$ 140 reais a menos no bolso, partimos para uma nova perna. Ao fim de tudo, o computador de bordo (que fica no topo da porção central do painel, não junto com os demais marcadores atrás do volante) variou suas indicações de 6,3 a 4,4 km/l. Na nossa cabeça, porém, ficou a impressão de que a jornada com uma Hilux dos velhos tempos teria sido mais empolgante. Agora, resta ver o que o público e os emplacamentos dirão.
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