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segunda-feira, 19 de março de 2012

Berro 2012 é concluída com mais de sete horas, só na trilha

Neste cenário digno de um cartão-postal, a paisagem ganha o colorido dos jipes e das picapes
TEXTO E FOTOS
CLEBER BARBOSA

Uma das novidades da 3ª Trilha Berro – Equinócio das Águas foi a organização de uma espécie de “volta de apresentação” dos pilotos. Foi a forma encontrada pelo idealizador da expedição, o piloto José Maria Esteves, para organizar a gigantesca fila de veículos 4x4 que foram inscritos para a prova deste ano, mais de 40 no total. Sem contar que isso garante um visual todo especial para os fotógrafos e cinegrafistas que registram o grandioso evento.
E foi nessa volta de apresentação que os primeiros incidentes foram registrados. Espera aí. Falei incidentes? Nada disso, o mais correto é dizer “atrações”, sim, as atolagens e outras manobras não bem sucedidas são o grande barato da trilha. “A gente poderia colocar carros de serviço próprios para fazer o reboque de quem se atola, mas não teria a mesma graça. O bom mesmo é ver aquela confusão na hora de decidir como e quem vai socorrer pilotos que ficaram pelo caminho”, diz Zé Maria.
Primeira "atração" da trilha foi essa atolagem do Troller que desafiou usar tração 4x2 na Berro 2012
O primeiro a atolar foi o carro inscrito com o número 20, um Troller amarelo cujo piloto gabava-se de estar com tração 4x2 vencendo os primeiros obstáculos da trilha. Mas não dá para fazer graça com a Trilha Berro, pois até muitos veículos com os melhores conjuntos acabam sendo pegos pela desafiadora lama de lá. O Troller com tração apenas nas rodas traseiras derrapou em uma encosta e foi parar com a ‘bunda’ dentro do lago. Estava instala a primeira cena hilária do dia, pois os ocupantes do carrinho eram todos gordinhos, dando origem a muita zoação com a atolada. Sem contar que depois de rebocados saiu muita água de dentro do jipe.
Por incrível que pudesse parecer a L-200 "Caveirão" precisou ser puxada pelo reboque. Uma zebra e tanto.
E nesse espírito a trilha vai rolando, com trajeto diferente, mas com incontáveis “videocassetadas” pelo caminho. Mas tem um atoleiro que costuma levar horas para ser vencido. É conhecido como “pau do urubu” e fica na primeira sede da fazenda, às margens de um lago. Muita gente ficou atolada lá, inclusive a maior das picapes locais, batizada de “Caveirão”, de propriedade do vice-presidente do Jeep Clube, Rodrigo (Eletro Grupo). Além dele, outros brutos ficaram também, inclusive o jipe Javali do Portela Acessórios, um dos mais embusteiros do grupo, afinal o jipão tem a maior cara de mau.
O Jeep Cherokee do piloto Júnior fez sua estréia na trilha da Fazenda Berro
Quem fez sua estréia na Berro foi o piloto Vantuíler Júnior, tesoureiro do Jeep Clube de Macapá. Ao volante do seu potente Jeep Cherokee 5.2 V8. “Adorei fazer essa trilha, que tem muitos atoleiros, mas que não se perde tanto tempo para tirar um companheiro”, disse. Ele também gaba-se de ter sido um dos poucos a vencer sem dificuldades a enorme ladeira enlameada da segunda metade da trilha. Perguntado se podia dar uma dica, disse que o giro do motor ajudou a cumprir a etapa.
A realização da trilha com a presença das esposas e filhos garante que eles não levem bronca na volta para casa
Já era noite quando os pilotos retornaram à sede da Fazenda Berro. Foi uma longa jornada, com mais de sete horas de trilha, mas compensadora. O visual era incrível, e o melhor, teve chuva a maior parte do tempo. Isso mesmo, estamos comemorando a presença de chuva, coisa que muita gente pode achar que estraga qualquer evento, mas estamos falando de um evento de jipeiros, então quanto mais molhada tiver a trilha, melhor fica para andar de jipe. Ano que vem tem mais.
Ainda bem que o mundo possui exemplares do Jeep Willys para contar essa história de sucesso e superação

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